1. Só no plano metafísico se pode comparar um óvulo fecundado com uma pessoa já nascida.
2. A vida é um valor em todos os seus estádios, mas juridicamente convém distinguir o direito à vida das pessoas já nascidas da defesa da vida intra-uterina.
3. As posições dogmáticas de Bento XVI equiparam a vida em todas as fases e, rigorosamente, consideram que a pílula do dia seguinte se assemelha a um atentado terrorista.
4. A Igreja Católica tem demonstrado um manifesto tacticismo na questão do aborto — em rigor, a Igreja é contra a lei em vigor em Portugal, porque nunca pode aceitar que se pratique um aborto no caso de violação ou de má formação do feto, por exemplo.
5. A contradição entre a condenação do aborto e a compreensão quanto à pena de morte é flagrantíssima, situando-se no campo das verdades axiomáticas.
6. Não fiz nenhuma citação incompleta do Catecismo, porquanto me limitei a referir o reconhecimento, pela Igreja Católica Apostólica Romana, da admissibilidade da pena de morte. Quem objecta aos posts em que menciono a questão é que fez uma citação incompleta, por ignorância ou intenção falsificadora.
terça-feira, janeiro 02, 2007
Pena de morte versus interrupção voluntária da gravidez
Alguns leitores teimam, nas caixas de comentários dos posts aí para baixo, que não esclareço a alegada contradição entre defender o direito à interrupção voluntária da gravidez e a oposição à pena de morte. A acusação de falta de resposta da minha parte só pode resultar de uma leitura apressada dos posts publicados. Mas não vem mal ao mundo se voltar a enunciar a minha posição:
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
11 comentários :
Miguel não batas mais no ceguinho. Eles não têm pedalada para ti. Rosnam , ladram às vezes, mas não mordem.
1. "Só no plano metafísico se pode comparar um óvulo fecundado com uma pessoa já nascida."
Um óvulo fecundado é um ser humano, único e irrepetível - mas o aborto é só para um óvulo fecundado? Então e um feto com dez semanas, já com cérebro activo, feições, órgãos, coração a bater, até impressões digitais…?
2. "A vida é um valor em todos os seus estádios, mas juridicamente convém distinguir o direito à vida das pessoas já nascidas da defesa da vida intra-uterina."
E, já agora, porque não, dos velhos que nada fazem e só comem…?!? Se a ciência não distingue esse valor (porquê a fronteira das 10 semanas...?) como é que o Miguel o quer fazer, se, juridicamente, em Portugal ainda não é assim? Ou no último referendo ganhou ou sim...?
3. "As posições dogmáticas de Bento XVI equiparam a vida em todas as fases e, rigorosamente, consideram que a pílula do dia seguinte se assemelha a um atentado terrorista."
Dogmático e coerente - aqui está uma coisa que o Miguel podia aprender, pois é difícil ser as duas coisas ao mesmo tempo. Aconselha-se a leitura da biografia abrupta do camarada Álvaro para perceber que coerência implica estas chatices da defesa de uma ética ultrapassada por um tempo sem valores...
4. "A Igreja Católica tem demonstrado um manifesto (sic) tacticismo na questão do aborto — em rigor, a Igreja é contra a lei em vigor em Portugal, porque nunca pode aceitar que se pratique um aborto no caso de violação ou de má formação do feto, por exemplo."
A Igreja Católica não é só a Hierarquia, são muitas pessoas e muitas opiniões. Lá porque pertence a uma Instituição com regras muito restritas e forte componente hierárquico-burocrática (a malta dos aventais...) não a confunda com os católicos e as suas hierarquias...
5. "A contradição entre a condenação do aborto e a compreensão quanto à pena de morte é flagrantíssima, situando-se no campo das verdades axiomáticas."
E o mesmo se pode dizer da defesa do aborto sem restrições e da posição anti pena capital...
6. "Não fiz nenhuma citação incompleta do Catecismo, porquanto me limitei a referir o reconhecimento, pela Igreja Católica Apostólica Romana, da admissibilidade da pena de morte. Quem objecta aos posts em que menciono a questão é que fez uma citação incompleta, por ignorância ou intenção falsificadora."
A Igreja Católica portuguesa, através da sua Conferência Episcopal e de TODOS os seus Bispos, quando saiu o novo Catecismo de João Paulo II, afirmou ser frontalmente contra a pena de morte. Porque será que o Miguel se esqueceu de referir este facto...? Quem é que faz "citação incompleta, por ignorância ou intenção falsificadora"?
PS - Quando é que responde ao e-mail de um certo leitor, que insultou e impediu de dar resposta aos insultos...?
Por mim já decidi... Sou a favor da diminuição do número dos abortos ( oficiais e clandestinos). Voto SIM no Referendo!
Cumps
Anónimo (pouco anónimo) de Ter Jan 02, 07:15:10 PM:
Cheguei agora a casa e, como compreenderá, estou cansado. Dou, amanhã, a minha opinião sobre as questões que coloca. Depois de você garantir inúmeras vezes que não voltava a visitar o CC, faltando sistematicamente à sua palavra, espero, já que não consegue deixar de escrever insultos gratuitos, que, ao menos, a sua persistência venha a ser recompensada. Ajudar a arrumar uma cabeça baralhada não muda o mundo, mas não deixa de ser uma acção louvável da minha parte, não concorda?
Verdade seja dita, o Miguel não tem papas na língua e não brinca em serviço.
Miguel
Interessante este post, mas pouco congruente:
1. Não sabia que se comparavam estádios de evolução. Como o biológico não é estático, as divisões são arbitrárias e dependem do observador.
Assim tanto faz dizer que começamos a viver com a primeira cisão celular, como começamos a morrer com a mesma.
Biologicamente o ciclo inicia-se com a primeira divisão celular e termina com a falência dos orgãos.
"Comparar" está mal empregue.
A metafísica não é para aqui chamada, muito menos para "analisar" a evolução biológica.
2. A sua afirmação só tem sentido quando definir "vida", esse é a questão no aborto, como na eutanásia. A ciência veio tornar o conceito mais complexo de se definir.
3. A posição da Igreja é coerente com o entedimento que a mesma tem do conceito de nascer, mas mais complicado no que se refere à eutanásia. Aqui, no limite deveria ser contra "desligar" a máquina sem a completa falência dos orgãos, e esta não é a posição da Igreja.
Pontos 4, 5 e 6.
Sendo estruturalmente ateu estas questões têm um valor sobre o local onde nos encontramos. Na Papua Nova Guiné seriam encarados de outro modo.
Cumprimentos
Adriano Volframista
Infelizmente os católicos não merecem este Papa.
Podemos concordar ou não com as posições da Igreja. O que os seus membros dizem não são dogmas, são opiniões. Cabe a cada católico aceitar ou não em consciência.
O que não podemos aceitar é o terrorismo verbal feito por este Papa sobre as mulheres que abortam.
Voto SIM, naturamente.
G.
Miguel . coloquei um post em demonstrava o evolvimento deste papa no 3º Reich -por muitas lavadelas que se faça com sabão macaco, são obvias, mas deixo aqui uma pergunta.
Se o 3º Reich de Hitler, praticou o apuramento da raça iraniana, aonde se encontrava o Ratzinger num convento defendo o que santa madre igreja hoje defende? - não, alistou-se no exercito Hitleriano, não sendo um desinformado, tratava-se de um oficial - não era capelão era um atirador.
Estamos a falar de que?
"ENTÃO JAVÉ DEUS MODELOU O HOMEM COM A ARGILA DO SOLO, SOPROU-LHE NAS NARINAS UM SOPRO DE VIDA, E O HOMEM TORNOU-SE UM SER VIVENTE" Génesis, I, 1, 2,7.
Ou seja, só depois do sopro da vida, de O HOMEM RESPIRAR, se TORNOU UM SER VIVENTE.
Isto é, só depois da criança começar a respirar é um ser vivente.
O aborto de um ser não nascido não é crime, nem sequer pecado, segundo as ESCRITURAS SAGRADAS.
É a TEORIA CRIACIONISTA.
NÃO HÁ, SEGUNDO ELA, EVOLUCIONISMO.
PORQUÊ, ENTÃO, FALAR DO FETO JÁ COMO SER HUMANO?
TANTA CONTRADIÇÃO, CINISMO E HIPOCRISIA DA IGREJA.
Frase que merece ir para a galeria da asneira:
« Se o Sim ganhasse, Portugal desaparecia por falta de população»
por:Matilde Sousa Franco
""ENTÃO JAVÉ DEUS MODELOU O HOMEM COM A ARGILA DO SOLO, SOPROU-LHE NAS NARINAS UM SOPRO DE VIDA, E O HOMEM TORNOU-SE UM SER VIVENTE" Génesis, I, 1, 2,7."
que Deus lhe valha!
Enviar um comentário