Não venho aqui colocar a questão da legitimidade de o Estado reprimir penalmente uma conduta que, de acordo com os partidários do sim, pertence ao foro íntimo de cada um. Concordo com esta perspectiva e não aceito que o Estado imponha opções morais às pessoas.
Venho sim colocar a questão da idoneidade do instrumento da despenalização como forma de combater o aborto clandestino. Dizem os partidários do sim que a penalização não é eficaz porque existem milhares de abortos clandestinos por ano por parte de casais que não podem ir a Espanha.
Pergunto eu: e, mesmo que o sim vença e o aborto seja despenalizado, não continuarão a ocorrer esses abortos clandestinos? Se o referendo é sobre a despenalização do aborto, e o aborto é decisão do foro íntimo de cada um, então o erário público e o SNS não devem suportar os custos da operação, devendo ser suportados pelo casal em causa. Afinal, a decisão íntima de cada um deve ser suportada pelos próprios na sua intimidade, pois se não tenho qualquer direito de impor a minha moral a uma pessoa, não devo ser forçado a contribuir para que essa pessoa realize actos que vão contra a minha consciência.
Nesse caso, ficaremos na mesma, pois apenas abortará quem tiver dinheiro, ergo a luta contra os abortos clandestinos não será vencida.
Mas não é essa a posição dos partidários do sim. Quem quer impor visões morais agora?
Não me conformo com esta ausência de petardos contra os juízes. É uma afronta aos leitores deste magnífico blog não haver, dia sim dia sim e a toda a hora,bombas incendiárias contra os juízes e contra os tribunais. Deixo aqui o meu protesto e peço ao Sr. qaue é de Abrantes o favor de dar porrada de criar bicho nesses energúmenos dos juízes, essa cambada de malfeitores que aprfendi a odiar aqui mesmo neste magnífico blog. Parabéns ao sr. que é Abrantes.
3 comentários :
Não venho aqui colocar a questão da legitimidade de o Estado reprimir penalmente uma conduta que, de acordo com os partidários do sim, pertence ao foro íntimo de cada um. Concordo com esta perspectiva e não aceito que o Estado imponha opções morais às pessoas.
Venho sim colocar a questão da idoneidade do instrumento da despenalização como forma de combater o aborto clandestino. Dizem os partidários do sim que a penalização não é eficaz porque existem milhares de abortos clandestinos por ano por parte de casais que não podem ir a Espanha.
Pergunto eu: e, mesmo que o sim vença e o aborto seja despenalizado, não continuarão a ocorrer esses abortos clandestinos? Se o referendo é sobre a despenalização do aborto, e o aborto é decisão do foro íntimo de cada um, então o erário público e o SNS não devem suportar os custos da operação, devendo ser suportados pelo casal em causa. Afinal, a decisão íntima de cada um deve ser suportada pelos próprios na sua intimidade, pois se não tenho qualquer direito de impor a minha moral a uma pessoa, não devo ser forçado a contribuir para que essa pessoa realize actos que vão contra a minha consciência.
Nesse caso, ficaremos na mesma, pois apenas abortará quem tiver dinheiro, ergo a luta contra os abortos clandestinos não será vencida.
Mas não é essa a posição dos partidários do sim. Quem quer impor visões morais agora?
Não me conformo com esta ausência de petardos contra os juízes.
É uma afronta aos leitores deste magnífico blog não haver, dia sim dia sim e a toda a hora,bombas incendiárias contra os juízes e contra os tribunais.
Deixo aqui o meu protesto e peço ao Sr. qaue é de Abrantes o favor de dar porrada de criar bicho nesses energúmenos dos juízes, essa cambada de malfeitores que aprfendi a odiar aqui mesmo neste magnífico blog.
Parabéns ao sr. que é Abrantes.
Excelentes crónicas.
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