Cluny foi almoçar ao Pabe a convite do Expresso: entradas de santola e presunto, robalo grelhado e siricaia. Ficámos a saber que não tem nenhuma ideia que justifique a recandidatura: é expectável que a única bandeira do sindicalismo do Ministério Público continue a ser a exigência da reposição das férias judiciais.
Mas no meio de uma conversa sem conteúdo, ficámos a saber que Cluny tem aversão aos blogues: “Evito os blogues para não ficar mal disposto.” É assim o presidente vitalício do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Também deve ser para não ficar mal disposto que evita os processos do Tribunal de Contas.
Nem todos se podem gabar de trabalhar só no que dá saúde e alegria. Como Cluny sabe pelas leituras preguiçosas de Marx no tempo em que conspirava na Faculdade de Direito para expulsar o controleiro do Partido Comunista e lhe tomar o lugar, a divisão social do trabalho obriga uns quantos proletários a alombarem para que outros possam aparecer com ar anafado e lustroso a mandar umas bocas avulsas contra a democracia parlamentar e o poder executivo.
Ao Expresso, deixo um conselho: mal por mal, da próxima vez que Cluny se recandidatar ao cargo de presidente do sindicato (e podem estar certos de que o fará), o melhor é enquadrar a entrevista como publicidade paga. Sempre entram alguns euros, não perdem leitores e a responsabilidade pela maçadora e inexpressiva entrevista é de quem compra o espaço no jornal.
Mas no meio de uma conversa sem conteúdo, ficámos a saber que Cluny tem aversão aos blogues: “Evito os blogues para não ficar mal disposto.” É assim o presidente vitalício do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Também deve ser para não ficar mal disposto que evita os processos do Tribunal de Contas.
Nem todos se podem gabar de trabalhar só no que dá saúde e alegria. Como Cluny sabe pelas leituras preguiçosas de Marx no tempo em que conspirava na Faculdade de Direito para expulsar o controleiro do Partido Comunista e lhe tomar o lugar, a divisão social do trabalho obriga uns quantos proletários a alombarem para que outros possam aparecer com ar anafado e lustroso a mandar umas bocas avulsas contra a democracia parlamentar e o poder executivo.
Ao Expresso, deixo um conselho: mal por mal, da próxima vez que Cluny se recandidatar ao cargo de presidente do sindicato (e podem estar certos de que o fará), o melhor é enquadrar a entrevista como publicidade paga. Sempre entram alguns euros, não perdem leitores e a responsabilidade pela maçadora e inexpressiva entrevista é de quem compra o espaço no jornal.
19 comentários :
O controleiro do PCP na FDUL à época era o Domingos Lopes ou será que estou com uma branca?
Ai, Abrantes... mulhér! Que fixação no hómem!!
Também li e há muito mais do que essa bandeira no sindicalismo de CLuny.
Há a relação dos media com a justiça. e há ainda o "Estamos a caminho de um Estado securitário".
Essas duas bandeiras já dão para fazer um país mais decente do que é. Claro que há sempre alguém que não sabe ler. E quando sabe, só lê o que lhe convém e só escreve o que lhe interessa, para denegrir sempre quem lhe aparece como obsessão personalizada.
E nem se percebe bem porquê.
Anónimo [Dom Mar 18, 07:15:15 PM]:
É verdade que o Dr. Cluny disse: "Estamos a caminho de um Estado securitário".
Mas o Dr. Cluny não disse (nem V. achou estranho que ele não dissesse) em que se baseia para fazer tal afirmação. E cabendo ao MP a defesa da legalidade, estamos todos à espera que ele nos abra os olhos e nos indique o caminho a seguir.
Dê notícias se as tiver.
Bem, assim, teremos que concluir que não sabe mesmo ler, o que não admira muito tendo em conta os comentários que faz ao que diz ler.
Cluny produziu a afirmação, na sequência de uma frase onde estão dois pontos antes dessa mesma afirmação.
Dois pontos, em sintaxe da língua portuguesa tem um significado específico e que contraria aquilo que acabou de escrever..
É melhor ler outra vez.
Caro José:
Já li. E como conclui que estamos a caminho de um Estado securitário? Aguardo explicações.
Voltarei após o jantar.
Aproveite para ler e respeite a ética informal da blogosfera. Se entender continuar a chamar nomes avulsos, não há discussão
Bem sei o tema é outro, mas...
No após a 25 de Abril, vários individuais de diversos quadrantes iniciaram um percurso, em vários domínios da nossa vida colectiva, que os guindou a lugares nunca antes sonhados e que se eternizaram no poder dessas organizações fazendo inveja a muitos DITADORES.
Nos sindicatos temos uma serie desses oportunistas e malandros, falam em nome dos trabalhadores, não exercendo qualquer actividade que honre este nome (trabalhador), á décadas:
O QUADRO PRINCIPAL DOS FIGURÕES:
- CARVALHO DA SILVA- CGTP
- CLUNY – MAGISTRADOS
- PICANÇO – UGT
- TRINDADE – CGTP
- ONOFRE – UGT
- JARDIM – PSD
- NOGUEIRA – CGTP
- SUCENA – CGTP
- PROENÇA – UGT
- CARTAXO – CGTP
- PILÓ – CGTP
- LANÇA – CGTP
- ADÃO – CGTP
- ALBANO – CGTP
- NOBRE - UGT
- ETÇ, ETÇ, ETÇ.
Citando apenas alguns DOS VÁRIOS FIGURÕES, porque há muitos mais…
Para quando uma lei que ponha cobro a esta vergonha? Sabemos como se processam as eleições para estes cargos, influencias políticas e de oligarquias formadas que determinam á partida o vencedor , as quais são posteriormente compensadas das formas que já também conhecemos.
Porque não abranger estas organizações pela mesma Lei que determina o numero de mandatos para cargos políticos?
Tenho uma opinião negativamente formada sobre estes DEMAGOGOS e OPORTUNISTAS, que utilizando o púlpito dessas funções, permite-lhes chegar a cargos de alguma projecção e de remunerações muito elevadas, ao contrario daqueles que dizem servir.
Estes ditadores que utilizam os mecanismo ( com esquemas) da democracia para se perpetuam por décadas no poder, são a meu ver a DESGRAÇA nacional , no Portugal democrático.
ribeiro
O cluny ao afirmar que estamos(?)a caminho de um estado securitário, está a rever-se num estado, que não este, que ele desejaria que fosse. É um desejo que sabe nunca verá satisfeito.Alias, ele sabe do que fala, para quem foi controleiro,como marionete do PCP,apetencia por esse tipo de sociedade não lhe falta.
Para reflectir:
(...)Além da repressão aos camponeses, a tirania stalinista promoveu uma série de deportações em massa que visavam anexar pequenas repúblicas ao território russo. O principal objetivo dessas deportações era eliminar o sentido de nacionalidade, uma vez que, nenhuma identidade poderia ser oposta ou paralela à identidade do novo regime.
A natureza do regime stalinista foi se propagando com a repetição de métodos repressivos semelhantes nos países da Ásia e África, onde foram implantados governos comunistas.
Um novo convênio firmado entre Cuba e Venezuela permitirá a juízes, funcionários policiais e da segurança do Estado cubano, atuar em território venezuelano com amplos poderes para investigar, capturar e até interrogar cubanos que residam no país petroleiro ou, inclusive, cidadãos venezuelanos que sejam requeridos pela justiça castrista, em cooperação com a Polícia Política do regime de Hugo Chávez.
É esta sociedade que o sr. cluny e seus muchachos desejam.
Esta lei, segundo Quintero, "está pondo o sistema judicial venezuelano, que ainda tem um caráter democrático, a serviço de uma justiça totalitária. E o temor é que o governo de Cuba vá perseguir pessoas em território venezuelano".
O acordo beneficia mais a Cuba do que a Venezuela, "pela situação de fato; há mais cubanos na Venezuela, que venezuelanos em Cuba", observou o acadêmico da UCAB. Os cubanos exilados na Venezuela, embora sejam naturalizados, estarão submetidos às disposições deste convênio.
Segundo o Artigo 1 do instrumento legal, os funcionários cubanos poderão:
1. Receber testemunhos ou declarações (interrogatórios);
2. Acessar documentos, processos e elementos de prova;
3. Localizar ou identificar pessoas (captura de suspeitos);
4. Transferir pessoas detidas para prestar depoimentos ou outros motivos;
5. Executar solicitações de registro, embargo e retenção preventiva de bens;
6. Imobilizar ativos;
7. Auxiliar em expropriações, indenizações e execuções de multas.
O camarada cluny reve-se nestas leis repressivas. Portugal está cheio de charlatões.
.
José [Dom Mar 18, 07:54:02 PM]:
"Aproveite para ler e respeite a ética informal da blogosfera."
Suponho que esta "ética informal" seja a mesma que utiliza no blogue de que é co-autor para impedir que os anónimos possam comentar!
Mas isto não tem importância nenhuma. Vamos ao que interessa: importa-se de justificar a afirmação de Cluny (que secunda) de que estamos a caminho de um Estado securitário?
Era isto que estava em discussão, não se esqueça.
Os problemas do blog do José, coloque-os no tal blog.
Aqui, como continua a insistir em infringir regras que não estão escritas, mas merecem respeito, fico por aqui, sem mais.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público protestou contra a chamada de um magistrado do MP para depor num inquérito parlamentar, invocando a separação de poderes. Mas não tem razão. Não consta que o MP seja um órgão de soberania -- e só da separação entre estes trata a Constituição -- nem que goze de alguma imunidade constitucional perante os inquéritos parlamentares.
[Publicado por vital moreira] 10.3.07
Caro anónimo [Dom Mar 18, 08:54:59 PM]:
Pensei que para si era mais importante denunciar a natureza securitária do Estado (e a defesa da bondade da praxis de Cluny) do que se melindrar por lhe ter chamado José.
Afinal, não é. Previa uma boa discussão, mas se não aceita... Paciência.
A guerra de guerrilha é mais fácil. Vir de peito feito é mais complicado. O anónimo fez bem em meter a viola no saco e zarpar....
Autor: Constança Cunha e Sá
Data: Quinta-feira, 15 de Março de 2007
Pág.: 45
Temática: Espaço Público
O estilo do primeiro-ministro confirma apenas a sua falta de substância
O estilo e a substância
José Sócrates, esse estadista de última hora, foi sempre um homem do aparelho, um cacique local que cresceu nos jogos partidários e se distinguiu nos golpes de bastidores
Em Portugal, há uma suave combinação entre o poder e a arrogância que leva invariavelmente ao mito e à hagiografia. Em 1990, quando o cavaquismo decidiu vender uma imagem diferente do chefe, o Expresso deu à luz um trabalho de fundo, sob um título auspicioso: A história do menino Aníbal. Como mandam as regras da propaganda, A história do menino Aníbal oferecia-nos "o retrato de um vencedor" e o percurso de um "predestinado" que "o acaso" empurrara para a política, a bem da modernização do país e da felicidade dos portugueses. A biografia, recheada de pequenos e coloridos episódios, revelava um "novo" Cavaco Silva, surpreendentemente humano (havia dúvidas sobre a matéria!) nos seus pequenos prazeres e nas suas inocentes "tropelias". Para deleite de todos os fiéis, ficou-se a saber que, por trás do rosto esquálido e austero do primeiro-ministro, havia um "Aníbal" traquinas que gostava de pingue-pongue e de matraquilhos e que subira a pulso na vida. Ungido pelo mérito, o rapaz pobre de Boliqueime, que fazia parte dos "costeletas" (por oposição ao grupo privilegiado dos "bifes"), acabara por se transformar num mago da economia, com doutoramento a preceito e provas dadas no desprezível mundo da política. Na altura, quando o regime celebrava a existência de um "novo português" que se distinguia pela "vontade de vencer", o exemplo de Cavaco Silva, educado no esforço e na disciplina, era a confirmação de um sonho que animou esses excepcionais anos de falsa prosperidade.
Apesar da sua aridez e da limitação dos seus horizontes, a história do "menino Aníbal" tinha, apesar de tudo, um sentido que ultrapassava a mera glorificação do chefe e do seu grandioso "destino". Entre os sacrifícios da infância e o posterior brilho da academia, a biografia não deixava de encerrar o essencial do cavaquismo. Ou, dito de outra forma, o essencial de uma velha e recorrente tradição nacional que privilegia o esforço e o mérito em detrimento dos "interesses" mesquinhos dos partidos, que defende o primado da competência sobre as subtilezas da ideologia e que, em última análise, se baseia na superioridade da economia face às "intrigas" em que se entretém a política. Neste sentido, o retrato de Cavaco Silva é também o retrato de um país que procurou sempre fugir às suas responsabilidades através dos bons ofícios de um qualquer salvador que o resgatasse do seu proverbial atraso e da sua irremediável pobreza.
O que impressiona na biografia do eng. Sócrates, publicada, este fim-de-semana, pelo semanário Sol, é o imenso vazio em que se afundam as inúmeras qualidades atribuídas ao biografado. Em vinte páginas de prosa, ao longo das quais vamos assistindo ao harmonioso desenvolvimento do pequeno Zezito, não há um pormenor que o diferencie, um traço que o caracterize ou uma ideia que o distinga - e muito menos algo que o determine à nascença para o exercício do poder, como assegura o título escolhido pelo semanário para coroar esta hagiografia da mediocridade.
Na história do "menino Zezito", não há esforço, nem sacrifício. Também não há proezas académicas. Nem feitos profissionais. O bacharelato no ISEC - que tantas dúvidas tem levantado - é completado, vinte anos depois, quando já se encontrava no Governo do eng. Guterres, com uma obscura licenciatura, na Universidade independente. Pelo caminho, e dando provas da sua vocação para a política, mergulha, com o amigo Jorge Patrão, "nos meandros socialistas da região". Ou seja, envolve-se nas pequenas guerras do aparelho, onde gasta o melhor dos seus dias e inicia a sua fulgurante carreira. Em 1987, depois de se ter enfiado no sótão do eng. Guterres e numas intrigas de maior alcance, chega finalmente ao Parlamento, onde viceja discretamente durante os anos do cavaquismo. Ao contrário do que a sua "coragem" e "determinação" poderiam indiciar, José Sócrates, esse estadista de última hora, foi sempre um homem do aparelho, um cacique local que cresceu nos jogos partidários e se distinguiu nos golpes de bastidores.
Antes de assentar na política, não deixou de fazer umas breves incursões profissionais. Em 80, deu aulas de Matemática no Liceu da Rainha D. Leonor. E, um ano mais tarde, arranjou um "posto" na Câmara Municipal da Covilhã, onde se distinguiu pelo "estilo", fugindo, como diz o jornal, ao "estereótipo do senhor engenheiro" que ele, para todos os efeitos, não era. Mas usava "calças encarnadas" - o que já então revelava uma aversão às regras da burocracia que se veio a corporizar, mais tarde, na apresentação do programa Simplex.
É com este extraordinário curriculum que chega, em 95, ao Governo, pela mão do eng. Guterres, de quem foi sempre um solícito boy. Mantém-se firme, ao seu lado, até ao fim, quando o seu tutor político abandona as funções de primeiro-ministro depois de ter deixado, segundo as suas próprias palavras, o país "à beira do pântano". Uns anos mais tarde, surge a consagração mediática, com um frente-a-frente, na RTP, com Pedro Santana Lopes, uma das grandes estrelas desse restrito firmamento.
Diz este último que o conhece como ninguém. E acrescenta: "Há duas pessoas na política que perceberam o meu método e, nalguns aspectos, seguem os meus passos: o Carrilho e o Sócrates." Por uma vez, uma pessoa sente-se tentada a dar-lhe razão. O estilo do primeiro-ministro confirma apenas a sua falta de substância.
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Dom Mar 18, 09:38:34 PM
em inglês a censura soa melhor, não soa?
TAL COMO A DRª VERA SAMPAIO ( FILHA DO EX-PR JORGE SAMPAIO ), QUE ACABOU O CURSO DE DIREITO COM A NOTÁVEL MÉDIA DE....... 10 ( DEZ ) VALORES, E É AGORA ASSESSORA DO MINISTRO DA PRESIDÊNCIA PEDRO SILVA PEREIRA.
O VALOR A QUEM O TEM!!!!!!!
VIVA MARROCOS DE CIMA!!!!!
> A nossa Maria merece...
>
> "De acordo Com O Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigo
> ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta
> do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a
> embaixada portuguesa em Londres.
>
> Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das
> Finanças descongelaram, a título excepcional, uma contratação de pessoal
> especializado.
>
> Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a
> contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio
> da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas.
>
> As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o
> congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos...
>
> Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira
> desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito
> próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de
> rendimento mensal superior a 9000 euros.
>
> É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas
> potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem
> criticar a juventude. Ponham os olhos nesta miúda!
>
> A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de
> imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de
> 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 1ª classe ou
> de 290 Assistentes Administrativos.
>
> O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7,
> 10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que
> poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais.
> Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que
> submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estão
> habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos.
>
> A nossa Maria merece.
>
> Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92
> portugueses com um salário de 500 Euros a descontar à taxa de 20%.
>
> Novamente, a nossa Maria merece!"
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