quarta-feira, maio 30, 2007

A adesão à greve numa frase




Como Carvalho da Silva se recusou a avançar com números globais de adesão, porque “as pessoas não são números”, coube a Jerónimo de Sousa reconhecer, há minutos, o esperado fracasso da “greve geral”:

    “(…) como se uma greve geral, aqui ou em qualquer parte do mundo, tivesse que ser total.”

5 comentários :

Anónimo disse...

A "guerra" dos números é uma questão secundária e desviante do essencial.

Não sairam o Governo e o PS vitoriosos, nem o PCP/CGTP sairam derrotados.

Derrotados nesta batalha foram os trabalhadores portugueses, que viram a "greve", seu instrumento bem potente, descredibilizada e desvalorizada por força do seu uso desadequado e não em consonância com a situação.

Acácio Lima

james disse...

Tem que se dar o devido desconto a frase tão disparatada, vinda de quem vem.


Todavia, pareceu-me bastante interessante a Deliberação da Comissão Nacional de Protecção de Dados, de 28 de Maio a propósito dos procedimentos subsequentes que uns dirigentes do Ministério das Finanças pretendiam instituir nas 48 horas seguintes.

E que tal um "refresh" na próxima remodelação ao Dr. João Figueiredo por contraponto ao competente Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Fernando Medina?

Anónimo disse...

O principal problema dos sindicatos é que eles hoje estão "funcionalizados" em Portugal pelos partidos políticos.
Hoje há sindicatos em que os seus dirigentes, além de serem figuras de destaque nos respectivos partidos, recebem prebendas desses mesmos sindicatos muito diferentes daquelas que defendem para os trabalhadores.
Um bom exemplo do que acabo de dizer é o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, UGT, em que os seus dirigentes recebem um complemento de vencimento e têm direito a viatura.
É o chamado sindicalismo "moderno" tão defendido pelo Jorge Coelho.
Para se fazer uma greve com sucesso torna-se necessário definirem-se objectivos com muita clareza; nesta greve, as razões para a sua realização eram tantos (com razão), que ficaram todos diluídos.
"Para que os trabalhadores não fiquem mais pobres", seria, por exemplo, uma palavra de ordem compreendida por todos os que trabalham.
Mas o problema em relação à adesão a uma greve prende-se com razões económicas e com razões de justiça.
Por razões económicas porque hoje um dia de salário perdido tem um peso elevado nas contas que não se podem pagar no fim do mês.
Por uma razão de justiça porque quem faz greve sente sempre um enorme desconforto ao saber que estão a sacrificar-se também por aqueles que não a fazem e que, ao não a fazer, ganham nos dois campos: por um lado ficam sempre bem vistos pelo patronato e chefias. Por outro lado se a greve tiver sucesso eles serão também beneficiados com as regalias que daí advirão.
Esta situação de injustiça poderia ser ultrapassada com a existência dos fundos de greve.
Por um lado os grevistas não sentiram o efeito dissuasor do dia de salário perdido.
Por outro lado os não grevistas iriam sentir eles próprios o desconforto de perceberem que os seus colegas não estariam a ser prejudicados economicamente.
Além disso seria possível fazerem-se greves de mais de um dia, que são aquelas que mais tocam ao patronato.
Imagine-se só, se os poderosos banqueiros iriam resistir durante muito tempo a algumas semanas consecutivas com greves às Sextas e às Segundas feiras!!
Então pergunta-se: porque é que os sindicatos da UGT e da CGTP não têm fundos de greve?
A resposta a esta pergunta levaria a um novo post porque este já está muito longo.
Xantipa

Anónimo disse...

A cgtp como correia de transmissão do pcp, colocou os trabalhadores numa situaçaõ de derrota, anulou desta forma os seus objectivos, colocando esta forma suprema de luta,as portas da morte.
Será que os comunistas aprenderam alguma coisa? No meu entender acho que não, porque os comunistas usam "orelhas de burro" e não alcançam uma visão global das coisas. A miopia é uma doença que se paga cara.

Anónimo disse...

A CGTP, como correia de transmissão do PCP. A UGT, que não aderiu á greve, é correia de transmissão de quem? A pior cego é o que não quer ver.