quarta-feira, maio 16, 2007

A economia, o Público e os blogues

Aprendi, ao longo dos anos, com José Manuel Fernandes que o principal problema da economia portuguesa residia no facto de a política seguida ter sido orientada para a dinamização do consumo privado e público. Haveria que encontrar forma de o crescimento ser puxado pelas exportações. Finalmente, isso está a verificar-se. Qual não é o meu espanto quando, ao ler o Público de ontem, dou de caras com uma notícia com um título tão desalentado: PIB mantém ritmo no início do ano graças às exportações. Então não era assim que deveria ser?

Hoje, o Público volta a referir-se à economia portuguesa. Não há sequer uma pequena chamada de primeira página, mas sempre se fica a saber que o PIB cresceu 2,1 por cento no primeiro trimestre de 2007 em comparação com igual período do ano passado, o que representa a melhor performance dos últimos cinco anos.

Em comparação com o trimestre anterior, a variação é mesmo superior à verificada na Alemanha e idêntica à verificada na França, sendo apenas uma décima inferior aos valores registados no conjunto da Zona Euro (ou na Itália e Reino Unido).

Segundo o próprio Público, “perante o resultado de 2,1 por cento, os bancos avançam ou preparam-se para avançar para uma revisão em alta das suas estimativas para a totalidade do ano.”

Mais estranha do que a discrição com que o Público trata este tema, é o silêncio daqueles blogues que costumam acompanhar a par e passo a evolução da economia. Nem ontem, nem hoje, uma só palavra. Ainda bem que há Roseta e o cão do Mourinho, para poder lê-los.

7 comentários :

Anónimo disse...

Com os bons resultados metem-se na toca.

Anónimo disse...

Tem que haver rápido um pulso de ferro que esmague essa imprensa parcial... o rolo compressor da Europa entrou em Portugal e em breve vai haver mais equilíbrio...

Esse fascismo encapotado um dia tinha de acabar...

ATÉ QUE ENFIM UM MEIO DE COMUNICAÇÃO (PRISA) DECLARA A SUA MATRIZ IDEOLÓGICA...

Enfim alguns traços de civilização... nem tudo está perdido.

Edie Falco

Anónimo disse...

Estou longe de ser um conhecedor da ciência económica mas também reparei nesse paradoxo. Nos ultimos anos os economistas afirmavam que o crescimento para ser saudável deveria acentar nas exportações, agora parece que não chega, que é preciso investimento. Contudo a questão do investimento é delicada. Durante muito tempo ele em grande parte assentou no betão e obras públicas e agora ele tem de ser de outra natureza, muito mais reprodutiva, e assente numa economia do conhecimento, de alto valor acrescentado. Ora, uma coisa que me desgostou foi a ambição de o governo pretender que o sector do turismo cresça até 15% do PIB até 2015. Sei que se trata de jogar pelo seguro, todavia tornar o país tão dependente do turismo é daquelas coisas que humilham, que degradam as reses de uma nação. Uma espécie de lacaios. E claro, bastará o clima fazer das suas para as coisas não correrem bem.

Anónimo disse...

Ó Miguel, dizes que aprendestes em tempos com o prof dr JMFernandes, é um azar da porra ,um gajo aprender coisas simples com o Dr. fernandes, é que as torna complicadas, nem merece a pena dar muita atenção ao senhor Fernandes, o homem é muito fraquinho, ele e o Cesar das couves...se nós tivemos, um prof de economia, a governar o País, durante 10 anos, não criou uma infraestrutura estrategica (excepto a expo 98 de Ferreira do Amaral), não redimencionou estruturalmente o Estado e o seu peso na despesa, criando um economia auto sustentada, no fundo o tal incremento economico na procura de bens e serviços, ficticiamente, aumentando o deficit na balança de pagamentos, tudo o resto, nem um prego espetou no Alqueva e findo tudo isto passa a imagem de grande ideologo, não como gestor do País, mas como gastador, veja-se o custo do centro Cultural de belem...veja-se a tomada de posse do actual PR, comparada com a do Sarkozi...ate o pai do Bush veio cá, quem é que pagou a tomadda de posse do actual PR?...os nossos impostos, para que?...para alimentar o seu ego, mais nada...

Ze bone

Anónimo disse...

O PIB cresce a olhos vistos.
Tenho que conhecer o gajo para ver se sobra algum para mim.

Anónimo disse...

mai' nada!

Anónimo disse...

Mas o jornaleco panfletario antiGoverno "público" merece alguma credebilidade? Só lê esse jornaleco quem não pensa pela sua cabecinha.