sábado, maio 12, 2007

The Matrix




Os juízes andam de candeia às avessas. Vem a caminho uma segunda associação para os representar. Os promotores da iniciativa não querem que os magistrados judiciais sejam vistos como funcionários públicos, mas como titulares de um órgão de soberania. O Juiz Desembargador Eurico Reis, um dos fundadores, explica a ideia que está na origem da criação da nova associação: “Num jogo de computador, nós estamos no nível dois”.

11 comentários :

Politikos disse...

Bem caçada a tirada do Eurico Reis e bem bolada a imagem. Mas, será que o juiz Eurico Reis - é melhor dizer juiz desembargador; não é melhor dizer Juiz Desembargador, com maiúscula ;-) - conhece outros titulares de órgãos de soberania que não os juízes que tenham associações profissionais?!?!

james disse...

Esta é uma daquelas notícias que não me espanta e só revela que parte dos magistrados do MP , como da magistratura judicial, já não se revêem, quer no sindicato do Dr. Cluny, quer na associação sindical do Dr. Alexandre Coelho, e, do agora, dr. António Martins.

Tudo isto, porque, ao contrário do que estes profissionais pensam, afinal eles não são uma casta, como querem inculcar e assim sendo, esta notícia apenas reflecte o mal-estar que se sente na sociedade civil, com sindicatos, ordens e associações completamente caducas e desasjustadas da realidade. Ora, esse mal-estar não se sente só nos associados da CGTP, UGT, etc, pelo que, mais cedo ou mais tarde, esta seria uma inevitabilidade que também ia atingir estas castas.

Assim sendo, esta notícia apenas comprova que as associações, sindicatos e ordens profissionais, perderam há muito a sua verdadeira essência e começaram a falar para dentro de si próprias e não já para os seus associados, o que evidencia um divórcio entre os seus órgãos e a realidade.

Venham, pois, as novas associações, sindicatos, ordens profissionais, mas com outros propósitos, nova linguagem e com finalidades recentradas.


(O curioso na notícia é que a ideia parta de dois laureados com processos disciplinares. Por que será?)

Anónimo disse...

Excelente ideia. Deve ir em frente.
Os processos de que fala, são originados pelos resaibiados sindicais que se comportam como funcionarios publicos.

Anónimo disse...

http://www.freerctv.com/es/petition.php
Quem for pela liberdade de imprensa visite este site. A liberdade está em perigo na Venezuela.

james disse...

AINDA OS MAGISTRADOS

Via o Joeiro cheguei à caracterização sociológica dos auditores de justiça do XXV curso normal de formação de magistrados, no CEJ, de 2006-2008, levada a cabo pelo gabinete de Estudos Jurídico-Sociais, do Centro de Estudos Judiciários.
“Interessante” é como termina o autor do post, sobre o estudo ali linkado.

Perplexo, fico eu.

Pelo andar da carruagem, sugere-se ao Director-adjunto do CEJ e simultaneamente Director do Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais que, no próximo estudo, recolha também dados sobre o uso de tatuagens e piercings nos auditores de justiça.
“Cadê” a CADA e a LADA?

Anónimo disse...

O comentário anterior fez-me procurar o referido estudo do CEJ.
Achei-o bem feito e com indicações preciosas.
Não me parece que esteja violado qualquer dado pessoal, tanto mais que os questionários foram elaborados pelos próprios auditores, pelo que o seu consentimento está dado.
A referência à CADA e à LADA é completamente descabida.

james disse...

"Não me parece que esteja violado qualquer dado pessoal(...)"

**********

"A referência à CADA e à LADA é completamente descabida".

**********

Em que ficamos? No "nim"?


P.S.: A CADA E a LADA, são aspectos a tomar em conta, entre outros.

O preocupante, é, no futuro, os auditores darem o seu consentimento tb para exibir as partes púbicas para se averiguar de tatuagens e piercings...Ou estarei a delirar?

Olhe que não!(veja-se o case study do juiz Moreno...)

Anónimo disse...

Anónimo de Dom Mai 13, 06:42:00 PM:


Independentemente do deleite que o Estudo lhe possa causar, como sabe, nem todos os meios justificam os fins.

Ninguém pôs em causa o interesse do estudo, pôs-se em causa a validade dos métodos...

O trazer-se à colação as tatuagens e os perciengs, não foi inocente.

É esta a pedra de toque.

E essa do consentimento é tão só um argumento formal que pode cair em função do resultado final ou não?

Anónimo disse...

Adenda ao comentário anterior: São os que se deliciam com estes estudos que, paradoxalmente, se insurgem com o CU (cartão único)e outras iniciativas similares.

Vá lá a gente perceber...

Anónimo disse...

... na verdade, o Eurico,o Rangel e o Edgar são bons de mais para as Associações, Conselhos e Tribunais que por aí existem...

Há que incentivá-los a dar o passo seguinte,para não serem confundidos com a escumalha : abrir-lhes a porta para 'saírem' de juízes ! ...

Anónimo disse...

Deus os acompanhe...