sábado, julho 21, 2007

O barato sai caro




Segundo o insuspeito Sol, a expropriação dos terrenos da Ota terá um custo estimado de 31,7 milhões de euros. Já o custo da deslocalização do campo de tiro de Alcochete rondará a módica quantia de 160 milhões de euros. As outras previsíveis exigências da Força Aérea, não contabilizadas neste montante, seguem dentro de momentos.

18 comentários :

Anónimo disse...

Quem era o imbecil que dizia que a implementação do aeroporto em Alcochete, "saía" a custo zero?

Não me lembro quem foi essa luminária, mas tenho um feeling que foi o especialista Luís Delgado ou outro valete de paus do mesmo baralho!

Anónimo disse...

«Enquanto o país discute acaloradamente o futuro aeroporto de Lisboa, a União Europeia já começou a pagar a sua pequena parte da obra: 170 milhões de euros».
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André Macedo-DE .28/03/2007
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Perceberam ou necessitam de explicações adicionais?
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Portela+1+1 sempre foi a minha opção para acabar com jogadas imobiliárias e negócios por baixo da mesa!

Anónimo disse...

Esta conversa parece a dos feirantes.
Vão badamerda.
O país não precisa das ajudas comunitárias para gastar mais dinheiro.
Metam as ajudas comunitárias no olho do cú se isso significa ter de pagar mais impostos para engordar as empresas que vivem dos elefantes brancos que o Estado resolve construir.

Anónimo disse...

Quanto á OTA os numeros são "astronómicos" e não esses que está a apresentar.As despesas com a OTA não estão confinadas ás simples expropriações de terrenos mas também a um enorme projecto imobiliário das cidades envolventes e "governadas" por autarcas socialistas!Projecto esse que já "arrancou" a todo o vapor!Quem conheceu a zona antes do anuncio OTA e quem a conhece agora, sabe que está totalmente transformada!Para melhor reconheça-se, mas sem compradores (ainda)para a totalidade do que já está construído!Se a OTA não se concretizar as consequências serão pasadas em termos económicos, para quem construiu e não vendeu!

HS disse...

OTA: representa apenas mais de mil milhões de euros de movimentos de terras, isto sem juros e a custos de 2007, o que vai originar taxas de aeroporto de mais 20 euros por bilhetes do que Alcochete.
Henrique Silveira
Professor do Instituto Superior Técnico

José Manuel Dias disse...

Portugal é um pais de "achismos"...muitas pessoas opinam sobre um dado assunto, nada dominando ou tendo apenas uma parte da informação sobre o assunto.
"O sapateiro não deve ir além da chinela...".
Temos uma questão técnica e temos decisões políticas. Parece certa uma coisa: nunca vai existir unanimidade de ponto de vista dos técnicos nem dos políticos.
Que não se adie por mt mais tempo a decisão, qualquer que ela seja, sob pena dos fundos comunitáros ficarem comprometidos...
Cumps

Anónimo disse...

José Manuel Dias disse... «"O sapateiro não deve ir além da chinela..."».
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Uma pequena lição de "democracia"!
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O caso em apreço é uma questão nacional que vai afectar TODOS os cidadãos portugueses e sua descendência nos anos mais próximos.
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Os principais documentos que permitem avaliar qualquer das opções até agora em cima da mesa, estão disponíveis na net, cabendo aos meios de comunicação, a sua divulgação para ilucidar a maior parte dos portugueses!
O que felizmente tem sido feito!
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Como tal,cada um de nós, percebendo ou não do assunto pode E DEVE opinar sobre o assunto que diz respeito á sua vida e a pagar ou não mais impostos!
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Quanto aos fundos comunitários, eles já começaram a ser pagos.
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Só não se sabe o seu destino!

Anónimo disse...

A Ota não servia como aeródromo para a FAP, mas já serve para implantar um aeroporto internacional?
No confronto expropriações/ Ota vs "exigências da FAP(q para quem não saiba é de todos nós)prefiro pagar a relocalização das infraestruturas da FAP em Alcochete a pagar um único cêntimo a profissionais da expropriação

Anónimo disse...

Caro Miguel,
Há um aspecto do aeroporto da Portela que ainda não vi escrita falada ou reportada. Eu vou aqui procurar fazê-lo.
Estive, com uma grave doença, internado cerca de 4 meses no hospital de Sta Maria. Durante a noite, é muito raro conseguir-se dormir. O silêncio da noite aumenta MUITO tudo o que nos impede de "pregar olho". Com a chegada da manhã, e quando o cansaço nos vence, chega também o maldito ruídos dos aviões que mais parecem que nos vão sobrevoar no interior das enfermarias. Malditos aviões! Eu, em vez da "portela-mais-um", sugiro ...na Portela mais nenhum!

Anónimo disse...

É, no mínimo, estúpido, falar-se de aquilo que custa menos (terrenos ou mudança do campo de tiro - e não é correcto falar da necessidade, com o que sobra do campo de tiro, de novo campo...) quando o que fica caro na Ota tem a ver com a orografia: terá de ser removida desse local uma montanha e terá de ser feita uma terraplanagem monstruosa (e uma barragem...), cujo custo mínimo é cerca 6 vezes mais do que valor que avançaram para a pretensa mudança do campo de tiro...

Não acertas uma, Miguel...

Miguel Abrantes disse...

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Caro Henrique Silveira:

Não tenho conhecimentos suficientes para saber se a Ota é preferível a Alcochete, Poceirão, Rio Frio, Pombal, Portela ou Alverca. Mas não me sinto demasiado incomodado com essa insuficiência de conhecimentos, porque os maiores especialistas também não conseguem apresentar argumentos irrefutáveis.

José Manuel Viegas, um especialista que é seu colega no Instituto Superior Técnico, já defendeu pelo menos quatro (4) soluções diferentes para o novo aeroporto de Lisboa!

MA

PS – Parece-me descabido que faça alusão à circunstância de ser professor do Instituto Superior Técnico, assim a modos que um argumento de autoridade. Sobretudo por se tratar de um professor de matemática, sem uma especialização que justifique tal alusão. Ou estarei enganado?

Anónimo disse...

Neste país de curiosos e dos sabem tudo, cuja classe intelecto-dirigente é na sua maioria, pouco esclarecida,com conhecimentos a baixo da media europeia.
Não é por acaso que ensino está á largos anos nas ruas da amargura. As construções de edificios é do pior que há, a corrupção na classe de arquitetos e engenheiros é o que sabemos.Quem dirige os gab.tecnicos das autarquias?
As razões do nosso atraso é fundamentalmente destas duas classes.Discutem tudo, falam de tudo,opinam e desopinam, sobre qualquer tema com uma facilidade imprecionante. Cultivo da baterraba, assoreamento das barras, pontes, creches, impostos, etç. com o concluiu das Tvs e jornais. Hoje estão aqui, amanhã está estão lá, autenticos camaleões da opinião que debitam decibeis a torto e em todas as direcções.É vê-los nas entrevistas, sabios?.. Triste país que se sugeita a figuras tão embecis e negreiros dos interesses corporativos.

HS disse...

Precisamente por ser de matemática é que sei fazer contas. E fiz as previsões das taxas para alguns estudos, além de os ter de ler a todos. E a minha área é matemática e física, sistemas dinâmicos e modelos. E era o que faltava virem questionar a minha capacidade profissional para emitir pareceres técnicos. Precisamente por não saberem nada de matemática é que os portugueses são tão fáceis de manipular por aldrabões de meia tijela que ainda menos sabem.
Henrique Silveira
Professor do IST

Anónimo disse...

Era interessante em vez de descontextualizar argumentos, ler as notícias até ao fim:

'"O CTA vai ter de ser desactivado, seja qual for a localização do novo aeroporto.", uma vez que o campo de tiro ficaria sob o circuito de espera dos aviões que se fizessem à pista do novo aeroporto.'

Miguel Abrantes disse...

Para Henrique Silveira,
Professor do IST:



1. “Precisamente por ser de matemática é que sei fazer contas.”

O problema reside aí: a construção do novo aeroporto é uma questão demasiado complexa para se traduzir numa mera questão de saber fazer contas. Há questões políticas e questões técnicas. Não há apenas questões técnicas.

2. “E era o que faltava virem questionar a minha capacidade profissional para emitir pareceres técnicos.”

Não pus em causa a sua capacidade profissional. Mas a localização do novo aeroporto, como disse atrás, não é apenas, nem sobretudo, uma questão de saber fazer contas.

3. “E fiz as previsões das taxas para alguns estudos (…)”

Estudos… estudos… estudos… Quem os paga? Quem cobra? Haveria tanto a dizer, infelizmente não temos tempo.

MA

Anónimo disse...

Não se metam com Miguel, que ele é Especialista em Desinformação, Avião Civil e Militar, Deslocalizações, Desertos, Camelos e filósofos gregos.

Anónimo disse...

Expliquem-me lá como é que um campo de tiro pode custar 160 milhoes! Está é a preparar-se a opção pela OTA.

HS disse...

Pode de facto custar, até mais, porque o aeroporto fica na zona interior do campo perto de Benavente, zona H6.
Existem estruturas de desenolvimento do aeroporto que ficam em terrenos privados, isto para não sobrecarregar o estuário do Tejo.
Por outro lado os combustíveis largados, ou mal combustados, por razões de segurança, muitas toneladas, são despejados na atmosfera. Isto provoca um desgaste ecológico tremendo e uma enorme pressão poluente. Hoje em dia comemos com isso em Lisboa directamente nos nossos pulmões.
As zonas a Norte do aeroporto, privadas, terão de ser compensadas destes efeitos.
A melhor forma é comprar, ou expropriar, os terrenos, colocar nesses terrenos plataformas logísticas e industriais, algumas muito poluentes. Exemplos de empresas: Air Liquide, centrais de camionagem.
A Ota em termos de engenharia, além das terras (1000 milhões), tem a construção de estacaria sobre leito de cheia, que deve atingir os 500 milhões e raramente é falada na comunicação social.
Além disso a poluição numa zona mais povoada é mais perigosa para saúde dos habitantes.
Shangai e Tóquio, foram contruídos nas zonas menos habitadas que existiam nas vizinhanças destas cidades. Até a estação central de comboios de Tóquio ou o palácio imperial, possíveis marcas do centro de uma cidade vastíssima, são mais de cem quilómetros. Shangai idem.
Os acessos são o pilar fundamental do aeroporto, e também são caros, tanto na Ota (por saturação) como em Alcochete (por insuficiência), os problemas de acessibilidade em Alcochete são mais fáceis de resolver por existência de espaço livre e pela orografia. Mas os problemas fundamentais aqui são: expansão, Super-aviões (A380 não pode operar na Ota), saturação (Ota nasce saturada), orografia com graves implicações na segurança, sismicidade igual mas mais sensível na Ota devido às obras de engenharia subjacentes, fundos comunitários mais e significativos e acessíveis em Alcochete.
São questões técnicas que fazem a decisão política Ota ser absurda. É um disparate tão grande quanto a boçalidade do ministro Lino.