quarta-feira, outubro 03, 2007

Diálogo à esquerda

1. O Daniel Oliveira coloca nove questões no Arrastão para demonstrar que o Governo é a “vanguarda ideológica da direita”. E remete os seus leitores para o artigo que publicou no Expresso, no qual, segundo diz, fundamenta as razões por que sustenta isso. Eis o que o Daniel escreve no Expresso de sábado para provar que o Governo é a “vanguarda ideológica da direita”:

    “Sócrates, ao contrário de Guterres, não é a esquerda envergonhada. É a vanguarda ideológica da direita. Privatiza serviços públicos, reduz as prestações sociais na saúde e na segurança social, matando o incipiente Estado-Providência português, e dá os primeiros passos para os empréstimos no ensino, preparando a destruição de um dos principais instrumentos de mobilidade social. Mesmo em matérias em que, por razões históricas, a esquerda portuguesa é muito cuidadosa, Sócrates não está com meias-medidas: nunca, nos últimos trinta anos, se puseram em causa tantas liberdades civis. Os novos e generosos Código Penal e Código do Processo Penal não disfarçam a concentração de poderes e discricionariedade da nova Lei de Segurança Interna. Quanto à política externa, a continuidade com os governos anteriores é absoluta, deitando por terra a história recente do PS.”

2. Recue-se no tempo. Quando o PS formou governo em 2005, que encontrou? Encontrou uma situação de completo destrambelhamento nas finanças públicas (défice em 6,83 por cento). Encontrou um Estado capturado por um vasto conjunto de corporações. Não estou a pensar apenas nos magistrados, cujo trabalho não é avaliado por ninguém e, por isso, se permitem decidir em causa própria (v.g., a única profissão que não paga IRS pelo recebimento do subsídio de residência), ou a pensar nos profissionais de saúde (v.g., médicos e enfermeiros com horários desencontrados para ambas as classes poderem receber “horas extraordinárias”). Estou também a pensar nos lóbis dos empreiteiros, da banca, das seguradoras, das farmácias, etc.. Pôr na ordem estes lóbis e estas corporações é um objectivo ideológico da direita?

Não estarei certamente em condições de responder às nove questões colocadas, dada a sua natureza muito distinta. Não quero correr o risco do Daniel, que manifestamente não domina algumas questões que colocou — e, por isso, essas questões estarão até mal formuladas.

3. Quanto à saúde, que é a 1.ª questão levantada, acho que o Daniel não fez os trabalhos de casa. Não se pode falar em “redução da rede de cuidados do Estado”: há, na realidade, uma reorganização (que inclui a aquisição de novos e dispendiosos equipamentos). Tal como houve urgências a fechar, houve novas a abrir, que os media não relatam.

Acresce que estão em fase de concurso público ou em preparação dez hospitais (Cascais, Braga, Vila Franca, Loures, Hospital de Todos os Santos, Algarve, Seixal, Sintra, Gaia/Vila do Conde e Évora).

Por outro lado, a quota de mercado dos genéricos, que se situava em 7,9 por cento em 2004, anda agora pelos 18 por cento. O tempo de espera das cirurgias, que era de quase nove meses em 2005, é agora cerca de metade desse prazo.

Chama o Daniel a atenção para o facto de os cuidados de saúde serem apenas gratuitos para as “classes baixas” [a expressão é sua]. Não creio que os aumentos para as restantes “classes” as tenham atirado para a miséria. E a verdade é que a saúde é cara.

4. O segundo tema focado é o dos empréstimos para a frequência do ensino superior. Insinua o Daniel que se trata da antecâmara para a destruição dos instrumentos que existem actualmente. Não há nada que lhe permita extrair esta conclusão. Acresce que as bolsas contêm uma série de restrições, pelo que os empréstimos, em conjugação com os restantes mecanismos em vigor, não enfraquecem aquilo a que chama “mobilidade social”, antes abre novas portas.

5. O terceiro tema focado é o das relações de trabalho. Eis uma área que não conheço o suficiente para discutir. Mas da leitura dos jornais não fico com a ideia desse pandemónio que o Daniel retrata — bem pelo contrário.

Mas, afinal, qual é a posição do BE sobre esta matéria? A de que existe um pandemónio ou a que é posta em prática pelo deputado do BE António Chora de que é necessário haver concertação de interesses, como ele, enquanto presidente da comissão de trabalhadores da AUTOEUROPA, defende e aplica?

6. Chegou a vez da cultura. Sei pouco do que se passa por essas bandas. Mas, verdade seja dita, o Daniel também é pouco explícito, pelo que estamos quites. Ainda assim, reparei que, há dias, aquando da exposição de Paula Rego em Madrid, o Público destacava numa foto o ministro da Cultura de Espanha e ignorava a sua colega portuguesa, que co-inaugurava o evento. Confirma-se que o que não é notícia não existe?

7. O quinto ponto analisado é o da segurança social. É totalmente falso o que diz o Daniel. A idade da reforma é igual para todos, independentemente do seu nível de rendimentos.

Ao contrário do que defende o PSD, o Governo não aceitou a privatização da segurança social. É este um objectivo de direita?

8. O sexto ponto respeita à diplomacia. Eis outro assunto que domino mal. Tenho porém a vaga ideia de que as posições de Portugal estão concertadas com as dos “parceiros europeus” e não com os “interesses da maior potência”. Ainda na semana passada, Sócrates esteve em Washington, numa reunião sobre o problema das alterações climáticas, convocada pela própria Administração Bush, onde fez ver que a posição americana nesta matéria é absolutamente insustentável.

A defesa dos “negócios externos portugueses” não me parece uma ideia má. Custar-me-ia é se chegássemos à conclusão de que tínhamos por aí um Ministério dos Negócios para Estrangeiros.

9. A sétima questão relaciona-se com os transportes públicos, que, no entender do Daniel, foram votados ao abandono. Mais uma vez, tenho a ideia de que se passa exactamente o contrário. E essa minha ideia resulta do facto de estar a ser construído o Metro do Sul do Tejo, estar em curso o alargamento do Metropolitano de Lisboa e já estar decidida a expansão do Metro do Porto. Nem me recordo de outra época em que se tivesse olhado tanto para os transportes públicos.

10. A oitava questão relaciona-se com o que o Daniel chama de segurança. Repare-se que há uma incongruência entre o que escreve no Expresso e a pergunta que deixa no Arrastão: no semanário, sustenta que as “novas” leis penais são “generosas”; no blogue, afirma que há uma “diminuição das liberdades e garantias”. É um assunto a que sou muito sensível e estarei disposto a continuar a conversa, assim o Daniel o queira. Mas a verdade é que não me lembro de outro momento em que se tenha ido tão longe na defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

Sobre a concentração de poderes no Governo, permito-me sugerir ao Daniel que leia este post.

11. A última questão é a das finanças. Ao contrário do que diz a direita em peso, o Daniel entende que o Governo está a “[d]ar toda a prioridade à diminuição da despesa em período de crise económica e social”. Convido-o a dar uma olhadela pelos quadros de leitura fácil dos boletins da Direcção-Geral do Orçamento. Entretanto, vamos sabendo que, finalmente, os bancos estão a pagar impostos que se vejam. Talvez seja o objectivo ideológico central da direita, como qualquer obscuro membro do “Compromisso Portugal” o poderá confirmar. Ou mesmo Miguel Frasquilho, o empregado do BES que, nas horas vagas, se passeia pelos Passos Perdidos.

12. Atenção, Daniel. Como o João Pinto e Castro sublinhou aqui, o populismo — ou seja, a política de taberna — não é exclusivo de uma certa direita. Talvez fosse altura de aproveitar a blogosfera para discutir sem sofismas. Entretanto, apoio o Daniel se lançar um abaixo-assinado no Arrastão para a adopção da “unidose”. Estou farto de levar para casa frascos de medicamentos de que só preciso de consumir metade.

16 comentários :

Anónimo disse...

Dá gosto de ver esse burguês que atende por Daniel Oliveira todo faceiro e catita naquele programinha de debates na SIC (::bleargh::) Notícias. Sim, aquela mesa de nulidades, todos muito mal educados a falarem uns por cima dos outros, sobre nada, em conversas que não interessam a ninguém. A um representante da Esquerda genuína, atenta às necessidades do proletariado, pede-se um pouco mais de contenção. Está rindo de quê? De que ri Daniel de Oliveira? Devia estar solidário com as vítimas de Sócrates.

Ora vá bugiar.

Força Sócrates, estás a fraquejar. Hay que recrudescer!!

Edie Falco

Anónimo disse...

Neste sr. daniel, constata-se facilmente, quer pelo que escreve, quer pelo que diz no programa da sicnoticias,que só debita atoardas sem nexo e autenticos dispatares. É mais um pseudo-intelectual-bemnavida,neocomentador, que não enxerga a realidae que o rodeia. Ou seja, quem o lê ? O louçã e o seu grupelho. Quem suporta financeiramente estes tipos? Quem lhes paga as benesses? A DIREITA CLARO.O EXPRESSO DE BALSEMÃO. É AÍ QUE BAJULAM COMO LACAIOS.

Anónimo disse...

mai nada!

Anónimo disse...

E mai nada. Palmas.

Edie Falco

Anónimo disse...

E mai nada. Palmas.

Edie Falco

Anónimo disse...

Teria todo o prazer de responder-te a todas essas questões.

À da cultura (nunca se subsiaram tão poucos filmes como agora, nunca a crise na cultura foi tão grande como saberias se falasses com os agentes culturais).

À da segurança social (a idade é igual para todos, mas quem não quer ver a sua reforma reduzida tem de se reformar mais tarde ou descontar mais, o que obriga os que ganham menos a reformar-se de facto mais tarde para ter o minimo).

À da educação, que já respondi num post há algum tempo, explicando a quem, com as condições propostas, se dirige de facto essa alternativa.

À do trabalho, remetendo-te para um interessante texto de António Chora, no Arrastão, que é a melhor resposta ao tipo de interpretação que fazes... Quem me dera que o governo tivesses pelos seus funcionários o respeito que a Autoeropa tem por quem emprega.

Continuaria num debate saudável e seguramente interessante para os dois, não fossem as imagens que colocaste no inicio do teu post, com dois ditadores, um deles sanguinários, a ilustrar as minhas criticas. Elas provam que não te apetece fazer debate nenhum e que és tu, e não eu, quem precisa de apelar ao populismo e ao sectarismo mais básico para defender a sua dama. Vindo de quem me conhece pessoalmente, esperava um pouco mais. Até compreendia se isto viesse do Insurgente ou do 31 da Armada. Nem ligava. Mas daqui?

Fica para outra oportunidade. E é pena, porque tinhamos aqui pano para mangas.

Anónimo disse...

Cambada de invejosos...

Todos mordidos pq. o Daniel Oliveira vai à SIC Notícias, bem pemunerado pelo tio Bolsa na Mão, debitar uns quantos dislates !

Já lhes disse uma vez que televisão é um negócio de "espectáculo"...

Conversa chata, monótona, sem vivacidade, não interessa !

Querem discutir política ? Alistem-se na Jota que, talvez, ainda será o local onde, esporadicamente, se discute política...

Sim, porque no partido só se trata de negociatas, tachos, facadas nas costas e se beijam rabos... principalmente os dos SóCretinos...

Deixem de ser Calimeros e criem o vosso próprio espaço...

Anónimo disse...

O daniel até dá pena com o argumentario que utiliza para responder ao miguel.Muito fraco e pobre gramaticalmente.Se é assim que este intelectual de esquerda moderna escreve não vai longe. Quem aguenta um escriva deste nível? Alias na sicnoticias a argumentação utilizado é de bradar aos céus, dele e dos restantes pobretanas.

Anónimo disse...

"Nunca se subsidiaram tão poucos filmes"... "idade da reforma"... mais um burguês rico, funcionário de Balsemão, a pensar que estamos em França. Porque esses gajos não emigram para lá? Assim podiam ver filmes subsidiados a torto e a direito. Meu, acorda ici Portugal!!
O argumento que utiliza para não debater, o das fotos, é ridículo, é do mais esfarrapado que há (e pasmem – o dono do blog vai nisso e tira mesmo as fotos!!!!!! deve prezar muita a amizade dessa celebridade)... tem é preguiça de contra-argumentar.
E o comentáriozinho que fez às 10h55, sob pesudónimo, é revelador. "Cambada de invejosos"... ahaha, como está feliz e catita o Danbiel nos eu empreguinho em carnaxide. Gosta tanto que pensa que toda a gente queria ir lá fazer figuras tristes. E se bem conheço a algibeira do patrão, devem pagar mal... como é Daniel, é à peça ou tens um contrato a termo certo? Ou pelos bons serviços já foste integrado nos quadros?

Edie Falco

Nuno disse...

Eu não concordo com o Daniel Oliveira, mesmo nada! No entanto o que é que ele faz e deixa de fazer não é o q está em discussão! Sejamos objectivos nas criticas ou discussão senão mais vale a pena estar calado!

Anónimo disse...

Sr. Miguel Abrantes:
Os magistrados são inspeccionados por inspectores judiciais,que não são famosos pela sua meiguice.
Se calhar não acredita, porque nunca viu nenhum à sua frente.
Mas "que los hay, hay". Se não acredita, recomendo-lhe aquele filme do Mel Gibson sobre a teoria da conspiração.
S.

Anónimo disse...

Este "Edie Falco" é mesmo tótó...

Quem fez o comentário não foi o Daniel Oliveira !

Aliás, o Daniel Oliveira só se corresponde, "inter pares", com o Exmº. Senhor Doutor Miguel Abrantes cujo, pelo teor das "postas" posteriores, nutre pelo Daniel Oliveira grande consideração !

Até parecem duas "manas" obsequiando-se mutuamente pela excelsa qualidade dos respectivos "scones"...

Porra !

Deixem-se de mariquices e caluniem-se masculinamente !

Haja decência !...

Anónimo disse...

Caro Afraid,

E quem é que foi que lhe deu permissão para se dirigir a mim, mencionando assim o meu nome? O que é isto de vir falar assim? Deve estar a pensar que eu falo assim com qualquer badameco? Pensa que é gente, é? Ponha-se já para fora e recolha-se ao seu covil. Vá já se esconder no seu buraco escuro que é o seu lugar.

(Mas onde é que está aquele lança-chamas?)

Edie Falco

Anónimo disse...

Miguel podes descansar, aqui esta a resposta as afirmações falsas de Daniel.


PS de direita
Se percorrermos as medidas mais emblemáticas do governo do PS é bom de ver que elas são de esquerda e não de direita.

João Cardoso Rosas

Ao ouvir o dr. Menezes ficamos com a impressão de que existe um PSD de esquerda, pronto a fazer frente ao PS de direita (conservador, sem sensibilidade social, etc.). É interessante que isso seja redito pelo líder do PSD, uma vez que é precisamente isso que têm dito os dirigentes do PCP, da Intersindical, ou mesmo as vozes críticas da área socialista. Aliás, até os analistas mais imparciais têm coincidido na ideia de que o governo do PS está simplesmente a fazer a política que os governos do PSD não conseguiram pôr em prática. O consenso sobre o “PS de direita” parece generalizar-se. Mas eu não participo dele.

Se quisermos dar algum conteúdo à distinção esquerda/direita teremos de pensar na ideia de rectificação das desigualdades. A esquerda é a favor dessa rectificação porque considera moralmente ilegítimas as desigualdade existentes em sociedades hierárquicas, as desigualdades produzidas pelo mercado, as desigualdades de género, etc. A direita, por sua vez, considera que a tentativa para realizar a igualdade protagonizada pela esquerda é contraproducente porque acaba por destruir as tradições que enquadram e dão sentido à vida humana, a espontaneidade do mercado e a própria liberdade individual.

Ora, se percorrermos as medidas mais emblemáticas do governo do PS é bom de ver que elas são de esquerda – ou seja, que são rectificativas num sentido igualitário – e não de direita. Por falta de espaço, não é possível fazer aqui uma lista minimamente exaustiva dessas medidas. Mas não é difícil dar alguns exemplos.

Pense-se nos incentivos à natalidade que entraram em vigor esta semana. Esses incentivos são condicionais em relação ao rendimento dos agregados familiares. Se o leitor for consultar as tabelas desses rendimentos terá provavelmente a desilusão de constatar que o seu agregado familiar não tem direito a qualquer abono. Em boa verdade, estes incentivos não são tanto um apoio à natalidade – como seriam caso fossem universais e não dependentes dos rendimentos –, mas antes um apoio à maternidade entre os pobres e remediados. Ou seja, trata-se de uma política rectificativa num sentido igualitário. Note-se que a mesma lógica tem sido seguida pelo Governo do PS em relação a prestações sociais anteriormente existentes, como o rendimento mínimo, ou prestações agora criadas, como o complemento de reforma para idosos.

Pense-se noutro exemplo: a reforma do sistema de pensões. O Governo decidiu manter-se fiel ao regime de repartição e não enveredou pelo regime de capitalização privada que era preconizado pela direita. Muitos referiram na altura que as novas regras não garantem a sustentabilidade do sistema de pensões a longo ou mesmo a médio prazo. Mas o Governo não quis enveredar por um sistema que desprotegeria os menos afluentes através do decréscimo de contribuições – que seriam canalizadas para fundos privados – dos mais ricos. Trata-se, de novo, da lógica rectificativa típica da esquerda.

Outro exemplo ainda: a despenalização do aborto. Quer concordemos ou não com ela por razões éticas, a verdade é que esta medida se insere numa visão rectificativa das desigualdades e, por isso, é tão cara à esquerda. Na prática, o aborto já estava despenalizado para as classes média e alta. Elas faziam-no em segurança em Inglaterra, Espanha, ou até mesmo em algumas clínicas portuguesas. Quem não tinha acesso ao aborto seguro eram as classes baixas e são elas as grandes beneficiadas com o novo enquadramento legislativo e a sua aplicação prática. A nova lei visa, portanto, rectificar uma desigualdade.

Os exemplos poderiam multiplicar-se, tanto em relação às medidas adoptadas, como em relação às agendadas. Julgo que aquilo que confunde a esquerda do PS – mas também a sua direita – em relação à marca ideológica das suas políticas é uma certa renúncia ao estatismo em matéria económica. Neste domínio, o Governo é um pouco – infelizmente, talvez apenas um pouco – menos estatista do que seria de esperar por parte de um Governo do PS. Mas isso não demonstra que ele seja de direita. Há uma esquerda estatista e uma esquerda liberal. Também há uma direita liberal (que não é apenas sulista e elitista) e uma direita estatista.
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João Cardoso Rosas, Professor de Teoria Política

Anónimo disse...

"Não se pode falar em “redução da rede de cuidados do Estado”: há, na realidade, uma reorganização"

É preciso ter estômago para dizer tamanha mentira.

Já pensates em colocar aqui as estatísticas das crianças que nascem nas âmbulâncias agora, comparando com igual período do ano passado?

Que se tenha de poupar, tudo bem. Que com isso tenham de sofrer alguns portugueses e portuguesas, é óbvio. Mas que se minta para justificar tal facto é que me parece errado...

Anónimo disse...

"Já pensates em colocar aqui as estatísticas das crianças que nascem nas âmbulâncias agora, comparando com igual período do ano passado?"

A culpa é das mães, preguiçosas e desorganizadas que fibam a ver a novela ao invés de tratar do nascimento dos filhos. São as mesmas que depois chutam as crianças.

Em Portugal só tem filhos em ambulâncias quem quer. Não venha com esse argumento de demagogia

Edie Falco