domingo, novembro 11, 2007

Página 161

A cadeia que manda abrir livros na página 161 partiu-se em duas: nuns casos, a vítima é instada a reproduzir a quinta frase, noutros a quinta linha. A mim, coube-me a segunda condição.

A verdade, verdadinha, é que, nos últimos dias, andei sobretudo às voltas com isto — como se nota pela profusão de posts no CC. Mas também tenho lido outras coisas. A minha mesa de cabeceira é bem mais modesta. Alternadamente, estou a ler um livro velhinho (1945) de G. Polya, Como resolver problemas, numa tradução da Gradiva (2003), um trabalho de Étienne Balibar com o título Masses, Classes, Ideas – Studies on Politics and Philosophy Before and After Marx e a história do gang do Multibanco da autoria de Pacheco Pereira. Decida o leitor a quinta linha (a bold) da página 161 que prefere (reproduzidas no contexto em que aparecem):





    “Esta sequência de ideias deve ser chamada de análise, se aceitarmos a terminologia de Papus. Se o homem primitivo conseguir concluir a sua análise, poderá tornar-se o inventor da ponte e do machado. O que será a síntese? A tradução das ideias em acções. O acto final da síntese será a travessia do riacho por cima da árvore.”





    “There is a direct relation between this blockage and the difficulties we have encountered with the notion of dominant ideology. When Engels defines the ‘bourgeois worldview’ by its legal basis, he invokes an argument borrowed from the history of the bourgeois struggles against feudalism, which were carried out in t5he name of the law and in the dominant form of legal discourse. He offers us no way of knowing whether this form stays the same indefinitely when the bourgeois becomes dominant and when the principal political problem becomes the struggle to maintain the exploitation of the working class. We can assume he thinks it does: for one, the general form of wage relations is still that of a ‘contractual’ commodity exchange; and, second, the material instrument of the struggle is still directly the state, which is instituted as the legal guarantor of private property in general. These implicit arguments, however, harbour the same paradox of a historicity without history (or, if you will, of an invariable essence of ‘capitalism’) as those regarding the relation of production itself.”





    “Que vantagens existem nesse pagamento colectivo de quotas em grupo [sic], ou, o que vem a dar ao mesmo, num controlo apenas pelas secções e pelo seu cobrador do pagamento de quotas? Para um cacique no aparelho partidário é uma questão central”.


Agora, passo a bola a:

1 comentário :

Cleopatra disse...

Obrigada Miguel
Já alguém me tinha passado a bola.
Ok Eu entro na cadeia....deste jogo. ;)