- Miguel Frasquilho, Jornal de Negócios de 16 de Outubro de 2007
O processo de consolidação orçamental não só cumpre a trajectória acordada com Bruxelas, como a supera. Sublinhe-se que, aquando da revisão extraordinária do PEC a que Portugal foi obrigado a recorrer em meados de 2005, se previa que:
• A despesa total baixasse para 47,1 por cento em 2008 e, afinal, irá situar-se em 45,1 por cento (grosso modo, dois por cento do PIB correspondem a mais de M€ 3.400); e
• A meta para a despesa primária seria 43,7 por cento, sendo que o resultado esperado é agora de 42,2 por cento.
Convém, de resto, recordar o que o mesmo Miguel Frasquilho dizia em 16 de Setembro de 2005 (em entrevista ao jornal Vida Económica): “eu considero que não é razoável, em 3 anos apenas, num período de falta de dinamismo da economia, eventualmente, de recessão, corrigir este valor”. Não se atingiu o resultado em três anos — mas em dois.
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¹ Modesto contributo para ajudar Pedro Santana Lopes a falar do OE-2008, ou seja, do futuro.
3 comentários :
Estes são, efectivamente, excelentes resultados.
Todavia, temos que ter em consideração o seguinte:
- Em termos absolutos, a despesa pública tem aumentado (+ 2,5% em 2007)
- Grande parte da consolidação orçamental tem sido feita à custa da receita (+ 9% em 2007)
- O próprio crescimento do PIB, ajuda estes resultados.
Assim, atendendo aos factores enunciados, não posso estar tão optimista quanto o Miguel, pois basta entarmos em recessão económica (atenção ao preço do petróleo) para as coisas voltarem a descarrilar.
Regionalização
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E pá, essa malta não sabe ser feliz. Calma, vai dar tudo certo. Portugal, Espanha e Grécia não entrarão em recessão nos próximos 10 anos.
Edie Falco
É uma pena esse Miguel Frasquilho não ter idade para ser reformado. Assim, vai ter que continuar a fazer figuras tristes para ganhar a vida.
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