- “A verdade é muito simples: só os pobres podem acabar com a pobreza.”
Quem o sustenta é João Marques de Almeida, assessor do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. Antes, nomeado por Barroso e Portas, fora presidente do Instituto de Defesa Nacional, cargo que ocupou durante o governo PSD/CDS.
Não tendo dado a conhecer a sua receita milagrosa ao governo PSD/CDS, presume-se que Marques de Almeida apenas a tenha descoberto já em Bruxelas: “Querem combater a pobreza? Dêem oportunidades aos pobres para enriquecerem.”
Há apenas dois obstáculos a ultrapassar. Sigamos o assessor de Barroso.
O primeiro embaraço é o Estado Social:
- “Há, contudo, uma grande diferença entre reduzir o sofrimento de quem é pobre e criar condições para se deixar de ser pobre. As ‘medidas’ todas de que se fala, aumentos do ordenado mínimo, subsídios, não acabam com a pobreza apenas melhoram um pouco a vida dos pobres. Não há até hoje algum exemplo em que o Estado tenha acabado com a pobreza.”
O segundo óbice é mais difícil de remediar: os pobres não querem é trabalhar. Ou como escreve o assessor de Barroso:
- “Uma aluna universitária, enamorada pelo socialismo, atacava frequentemente o seu pai por ser rico. Acusava-o de não dividir o seu dinheiro por aqueles que mais necessitavam. Um dia, farto das acusações, o pai perguntou à filha, boa aluna, as notas dos seus colegas. Sugeriu que ela desse três valores da sua média de 16 a todos aqueles que tinham 10, e assim acabariam todos com média de 13. Ele respondeu: ‘nem pensar, eu fartei-me de estudar e eles andaram o tempo todo na brincadeira’.”
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