segunda-feira, julho 21, 2008

Leituras

• António Correia de Campos, Como vencer a crise e fazer amigos:
    “(…) Rangel apareceu com pompa e substância, corrigiu excessos verbais da dr.ª Manuela, a qual aproveitou a sua nótula económica para lançar o receio, historicamente real, de que a partilha do risco nos grandes investimentos, se faça contra o pagador de impostos. Vai ter que se preparar para nos explicar a sua cedência de créditos que nos custa os olhos da cara.

    Mas a líder do PSD tem um problema comunicacional: apesar de voluntariosas ajudas de Rangel, Pacheco Pereira e Capucho, não consegue convencer que não disse que o país não tem dinheiro para nada, que para si o casamento anda sempre associado a procriação, que a proposta de Constâncio sobre o nuclear deu jeito ao Governo por abafar as más notícias económicas, que o PSD deve apenas criticar sem ter que propor, pelo menos antes da campanha eleitoral (…).

    Borges apareceu a dizer coisas tão óbvias que pareciam sensatas, mas fugiu-lhe o pé para a chinela: que nestes três anos se haviam realizado investimentos públicos insensatos. Caro professor, quais? Se passar os olhos pelos três últimos PIDDAC verá que foi baixando a parte pública do investimento em estradas, portos, aeroportos e hospitais, onde pode ser substituída por investimento privado e subiu de forma espectacular em ciência e tecnologia, em educação e na protecção social, onde o privado ainda se não interessa. Se tiver a paciência de ler os maçadores relatórios que Bruxelas exige ao QREN, verá que se inverteu o foco do betão para a formação.”
• Camilo Lourenço, Cavaco mostra as garras?:
    “Primeiro foi a referência às vias de comunicação no interior (associada à falta de informação, do Governo, sobre o plano de estradas). Depois foi o encorajamento ao estudo da energia nuclear. A seguir veio o desabafo sobre a publicação tardia do Boletim do Banco de Portugal: "no meu tempo creio que o relatório anual era divulgado mais cedo" (Constâncio deve ter as orelhas a arder).

    Na 6ª feira foram as alusões ao endividamento excessivo do país e às saídas para a crise (exportações).”

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