quarta-feira, outubro 01, 2008

Eu, fã, me confesso [1]

Com a compra do Diário Económico, era oferecida esta manhã uma revista, a Executive Health & Wellness, cujo subtítulo em português parece ainda mais exótico: “A revista da saúde e bem-estar dos gestores e quadros”. Não pense o leitor que o incomodo para lhe dar dicas sobre como “Melhorar a circulação sanguínea no escritório” ou para o incentivar a aprender a “Gerir a energia: uma nova aprendizagem nas empresas”.

Este post tem um propósito mais elevado: continuar a dar a conhecer o pensamento de António Borges, o vice-presidente do PSD que concede uma entrevista de fundo e é capa da revista. Através de pequenos flashes, para podermos usufruir e digerir convenientemente as mensagens transmitidas.

Como é visto Portugal no estrangeiro, segundo o vice-presidente do PSD? Assim:
    Quando exportamos, o consumidor estrangeiro pensa: ‘ah isso vem de Portugal, mas se é um país que não consegue resolver os seus problemas, como é que alguma vez terá produtos de qualidade?” Há, portanto, um efeito muito negativo ao nível do próprio país que é necessário mudar.

8 comentários :

aviador disse...

E com Borges e o PSD lá se resolve tudo.

Fiquemos descansados!

Anónimo disse...

Patarata, anti-patriotico, servil ao poder estrangeiro, um autentico mentecapto e pedante.

Durante anos ausente do país, foi um mainato executor e apoiante de politicas financeiras que estão hoje a arruinar o Mundo. Que sabe este tipo de Portugal? Dos portugueses e das suas capacidades em produzir e das qualidades dos mesmos?

Estou à espera que as associações dos sectores exportadores reajam a tão perneciosas afirmações.

Anónimo disse...

Quem governa afinal? A Goldman Sachs...
O Congressista Dennis Kucinich (Democrata), que vota contra o pacote de salvação Bush-Paulson, disse à jornalista Amy Goodman (nossa conhecida pelo que se bateu para denunciar o massacre de Santa Cruz em Timor Leste) para o programa “Democracy Now!”:
«Nós somos o Congresso dos Estados Unidos da América. Nós não somos o Conselho de Administração da Goldman Sachs. A Goldman Sachs está a lutar para sobreviver. E sabem, o seu antigo patrão é agora o Secretário do Tesouro dos EUA. Ele está em posição de direccionar os fundos de modo a ajudar a reforçar a sua própria situação financeira. Isto é, estamos perante um claro conflito de interesses. Isto é qualquer coisa que precisa de ser dita».
De facto Hank Paulson foi até há dois anos, antes de assumir a pasta de Secretário de Tesouro da Administração Bush, o Presidente-Executivo da Goldman Sachs. E vários dos seus antecessores naquele cargo governamental também vinham – adivinhem lá! ... de big bosses da Goldman Sachs...
Segundo a notava BBC World Service ontem, é política da Goldman Sachs pôr os seus homens que rapidamente enriqueceram a passar a outra actividade, ao fim de algns anos: a infiltrar-se na governação para mais influenciar e prosseguir a defesa dos interesses da liberalização financeira e da ...Goldman Sachs, evidentemente.
[Publicado por AG] [1.10.08] [Permanent Link]

Anónimo disse...

A crise, os gurus, as raposas e os galinheiros...
A Goldman Sachs não tem só Presidentes.
Tem dezenas de Vice-Presidentes. Fora os que já teve.
Um deles foi o inefável Dr. António Borges, guru do PSD para a economia e finanças.
Que hoje é membro da European Corporate Governance Forum, um organismo - vejam lá - estabelecido pela Comissão do Dr. Barroso supostamente para zelar pelas boas práticas financeiras nos Estados membros da UE!!!... (lá sentido de humor têm eles, esta de porem raposas a guardar os galinheiros, dá no que deu - toparam eles que a crise vinha lá? actuaram eles para prevenir, para a travar? ....) .
Já se percebeu: o Dr. António Borges deixou a Goldman Sachs, à semelhança dos seus patrões americanos, e trata agora de influir mais na governação em que pode influir – a portuguesa, concretamente.
Recorde-se a ajuda que este guru da finança terá prestado à Dra. Manuela Ferreira Leite, quando era Ministra das Finanças do governo Durão Barroso-Portas, a inventar a a solução de vender por conta os créditos fiscais do Estado ao CityGroup. Uma solução desastrosa para o erário público – isto é, para os contribuintes portugueses, que mesmo sem o saber, estão ainda hoje a pagá-la com língua de palmo.
Não espantaria, assim, se tivesse sido o guru Borges de novo a inspirar a líder do PSD a vir ontem espadeirar contra o Primeiro Ministro por tentar tranquilizar os portugueses quanto às suas poupanças, garantindo a “boa resistência” da banca portuguesa (bem pode, bem pode garantir, que a malta tende a acreditar pouco...).
Quanto ao fundo da questão, as razões da crise, a Dra. Manuela nada disse – pudera, pois se o tempo dela no governo foi um ver-se-te-avias na desregulação e no afrouxamento da supervisão do Estado sobre a banca e não só. Por inspiração de gurus como o Dr. Borges e não só...
Quanto a soluções para a crise, a líder do PSD entrou muda e saiu calada: pois se a sua sabedoria financeira, como se viu quando estava no governo e sob a inspiração iluminada da Goldman Sachs via Dr. Borges, se confina a determinar a que prego se hão de ir empenhar os anéis. E de anéis estão os pregos cheios, nos dias de crise que correm....
[Publicado por AG] [1.10.08] [Permanent Link]

MFerrer disse...

Apoiado, muito bem.
Só os países que já rsolveram toos os problemas é que exportam. Os outros, os que t~em problemas,claro que não esxportam. É ver:
Brasil, EUA,Finlândia, China, Espanha, Indonésia...
O homem não tem é vergonha na cara e a campanha para o colocar no poder segue em passo acelerado.
MFerrer

Afonso Mesquita disse...

Dúvida: se nos despreza tanto, por que aspira a dirigir-nos?

VAP disse...

Exacto, Afonso Mesquita!
Ele que explique quais os países que conseguem, por si, resolver os seus problemas.
Esse senhor não é economista?
Efeito negativo ao nível do próprio país...pudera...com amigos destes...

odete pinto disse...

Chegar a dar pena (que não é propriamente sentimento que se goste de causar)!

Acho mesmo que é apropriado o dito (vulgar, sei): parece que dali só nos saem Duques.