1. Metade do editorial do Público de hoje, subscrito por Paulo Ferreira, é dedicada a elencar algumas das medidas contidas no Orçamento do Estado de 2009 que têm impacto positivo sobre os portugueses. Se o jornalista quisesse, podia ter ocupado a outra metade do editorial com boas notícias: alargamento dos benefícios para os deficientes, aumento do apoio social aos mais idosos com rendimentos menores, aposta na educação e na ciência, etc..
Mas não, o Público prefere dizer que as melhorias que os portugueses vão perceber são aparentes. Real, para Paulo Ferreira, é o Governo ter corrigido uma metodologia que duplicava artificialmente despesas e receitas.
2. Outro aspecto que leva a pensar que Paulo Ferreira apenas cumpre à risca o estatuto editorial de dizer mal do Governo é a sua incompreensível defesa de políticas pró-cíclicas. Estamos em crise? Pois bem, há que piorar a crise, porque os tempos não estão para gastos…
Acontece que uma leitura da história dos ciclos económicos e de toda a doutrina da gestão orçamental diz que a política deve ser anticíclica. Ou seja, como está a ser feita: pode-se aumentar a despesa para estimular a economia. Isto, claro, se a saúde das finanças públicas o permitir.
E é aqui o maior pecado, por omissão, de Paulo Ferreira. O Orçamento do Estado de 2009 só é possível porque em 2005, 2006, 2007 e 2008, apesar de todas as críticas, as finanças públicas foram postas em ordem e foram eliminadas causas relevantes da subida sistémica da despesa.
A pergunta que o Público deveria ter feito não é a de querer saber “afinal quem é que vai pagar esta crise”, mas, sim, “o que estamos dispostos a pagar para evitar uma crise como a de 2003 (ou pior)”
3. Sobre o direito moral das gerações futuras hei-de falar mais tarde.
3 comentários :
O Público tem estado a perder leitores e a cair nas vendas. Por alguma coisa será!
Devem querer ir fazer companhia ao outro pasquim, o Independente!
Que meritos tem este sr. que ninguem conhece, excepto alguns primatas de lisboa,para vir alencar o que interessa somente ao seu boss?
Deve ser mais um pseudo-comentador com formação sonae.
o OE de 2009, foi muito bem recebido por representantes de varios sectores economicos e empresariais, assim como de grupos representativos das populações.
O resto é conversa da treta.
A casa para ficar arrumada é "atacar" a ladroagem/prostituição e a droga/criminal que impera no País, senão fosse isso a nossa população vivia muito melhor...Porque acham que os medicamentos sobem?, porque acham que nos pagamos a Taxa nos centros de saude? porque a emigração tem tudo de borla e isso dá traz um custo que suportado pelo estado e pelo contribuinte por conta de outrem e pelos nossos idosos, de resto ainda, não me desapontaram.
O proximo mandato, tenho esperanças que nivele os Portugueses, que não haja Portugueses de 1ª, de 2ª e nalguns casos de 3ª.
Zé Bonè
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