sexta-feira, dezembro 19, 2008

A palavra aos leitores - "ESTA RTP1"

De e-mail do leitor Manuel T.:
    «Quando o 25 de Abril apareceu, a minha tropa havia terminado no dia anterior em unidade localizada a meio da Linha de Cascais. Depois regressei à “província ou paisagem” e por cá fiquei até agora, danando-me de cada vez que da capital a comunicação social nos impinge figurantes, figurinhas e figurões e danando-me cada vez mais por sentir que entre nós só um poder não é escrutinado, porque não o quer por si mesmo e porque não admite que tal lhe seja feito: o jornalismo encarteirado por um Sindicato para quem a Liberdade pode ter variações entre Cuba e Espanha, por exemplo.
    Há bocado – via telejornal da RTP1 - acabei de saber que o senhor Procurador Geral da República foi ao Parlamento dizer que o Ministério Público não sabe como lidar com o “crime económico” e acabei de prescindir desse noticiário depois de ver uma “turba” de fulanos e de fulanas visto isso profissionais do jornalismo, correndo atrás de uma criança que graças à Justiça “anda e ciranda” sem parar entre pai biológico e progenitor adoptivo.
    Ontem o filme foi outro: havendo um jurista a acusar uma prestimosa senhora de escamotear documento essencial ao processo Casa Pia, senhora essa sempre disponível para lavrar sentença antes de julgamento, eis que na peça jornalística fornecida à demais comunicação social não consta que alguém, jornalista, se tenha abeirado da senhora para explicar a sua atitude açambarcadora...
    Como anda muita gente esquecida da velha conclusão:”aberta a boca, ou entra mosca ou sai asneira” e ignorante de que a informação é uma das actividades mais exigentes do mundo – vou ali e venho já, mas sem que antes diga, como o Eça: “Não temos gente”.
    Ah, queria eu dizer que a informação da televisão pública está claramente a caminho da indigência – entre cavalheiros pagos a peso de oiro para ler bisbilhotices, mexericos e afins, e damas igualmente pagas para a mesma leitura mais conversa que varia profundamente conforme os comparsas que é preciso promover e os estorvilhos que é forçoso afrontar, diminuir e atarantar.
    Ou seja, “não há pachorra”...»

3 comentários :

Anónimo disse...

Outro comentario excelcio, verdadeiro como o tinto verde da minha terrinha.
São comentarios destes que fazem falta por cá, continue.

Anónimo disse...

Força, continue.

Teófilo M. disse...

É razão para relembrar:

Lá vamos, cantando e rindo...