quarta-feira, dezembro 17, 2008

Salvar os bancos?

    A intervenção dos Estados permite limitar as perdas e absorver parte delas para manter a economia à tona. A um período de recessão fraca deverá suceder um difícil período de baixo crescimento. O custo final da crise deverá pois conduzir a uma redução do crescimento, com consequências sobre o emprego e o poder de compra, bem como ao reforço da pressão fiscal, preço para salvar os bancos. Ou seja, a perdas irrecuperáveis em consequência do excesso de crédito anterior. É pagar caro, na verdade! Mas será um custo infinitamente menor do que o que pagámos com a terrível depressão económica, com todo o seu cortejo de misérias, que o mundo conheceu na sequência da crise de 1929.
      Michel Aglietta, La crise. Pourquoi en est-on arrivé là? Comment en sortir? [citado (e traduzido) por Rui Pena Pires]

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