- “Maria Adelaide de Carvalho Monteiro, a mãe do primeiro-ministro José Sócrates, comprou o apartamento na Rua Braamcamp (…), sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).”
- Correio da Manhã de hoje
Vital Moreira no Causa Nossa:
- «A campanha mediática contra Sócrates a propósito do Freeport está a atingir os limites da ignomínia.
Hoje um tablóide dá todo o destaque à notícia de que, em 1998 (o que é que isto tem a ver com o Freeport, que se passa vários anos depois?), a mãe de Sócrates (que ainda nem sequer era ministro do Ambiente) comprou a pronto um apartamento em Lisboa, sem que se saiba de onde lhe veio o dinheiro. Sucede que, escondida dentro da própria notícia, está a resposta para o "mistério": no mesmo ano, a mesma senhora vendeu a sua moradia em Cascais. Será que o valor da venda não dava para comprar um apartamento em Lisboa?
Vale mesmo tudo!?
Aditamento
Já sem motivos para surpresas, há jornais de referência que ecoam esta espécie de "jornalismo"...»
- «Segunda a imprensa escrita, reproduzida pela demais, a "mãe" do "sobrinho" comprou uma casa no centro de Lisboa, 1 ano depois de ter vendido uma vivenda em Cascais e 7 anos antes do processo Freeport ser licenciado - compra visto isso feita a "off shore" e liquidada em dinheiro.
Entretanto não nos dizem se essa "off shore" era dona apenas da fracção vendida à "mãe", ou de mais apartamentos no mesmo edifício, ou até do prédio todo, assim como não acentuam que essa compra foi feita um ano após a alienação da casa de Cascais, transacção que também não nos dizem se resolvida em dinheiro ou cheque, e muito menos reparam com o devido ênfase que essa compra foi feita sete anos antes da aprovação do Freeport - notas a considerar porque a notícia da compra de casa pela "mãe" aparece metida no dossier Freeport e, não sejamos inocentes, pretende manter e acentuar suspeitas sob o circuito do dinheiro inglês que, alegadamente, veio para gente portuguesa.
Ora, o noticiário sobre a compra de casa pela "mãe" - clara e objectivamente usada para atingir o "filho" - só pode consentir uma conclusão: a PIDE está de regresso, ou nunca partiu, graças ao conluio entre as "fontes" judiciárias que todos os dias esfrangalham o "segredo de Justiça e o jornalismo justiceiro e purificador que todos os dias reduz o nosso país a um pântano.
Ou seja, esse "jornalismo à portuguesa", agora publicamente coberto pelo Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, continua a actuar como se fôssemos uma cambada de idiotas que não têm olhos para ver que, entre a comunicação social, estará a decorrer um campeonato para ver quem confunde, ilude, manipula e enlameia mais, cambada essa vista como massa céfala e por isso sem cabeça para filtrar uma informação que, antes de transmitida, deveria ter merecido o escrutínio da seriedade, do rigor, da imparcialidade, da isenção e do rigor dos jornalistas que realmente o são.»
4 comentários :
"Se não foste tu foi o teu pai!"... Lembram-se da fábula do cordeiro e do lobo?
Será que esses "jornalistas" acham que somos todos parvos, ou contam com a velha costela portuguesa de familiar do Santo Ofício ou de informador da PIDE que ainda abunda por aí? Por quanto tempo ainda seremos submersos por este mar de merda continuamente fabricada por eles?
A manipulação dos media é evidente.
Outro aspecto que ressalta é a incompetência dos jornalistas.
São completamente manipulados. Será que não conseguem pensar pelas suas próprias cabecinhas?
Há aqui qualquer coisa que me escapa mas que o senhor fará o favor de me explicar.
Diz-se:
um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos).”
Mas noutro ponto afirma-se
Recebe uma pensão de três mil euros mensais.
Parece haver aqui matéria para se pensar, não acha?
O desespero toma conta de JPP, ao aperceber-se que as suas ideias para o PSD, que acompanham Ferreira Leite, têm-se demonstrado desastrosas, revelando o quando um intelectual pode andar desfasado da realizade.
Sendo assim, só resta o destilar de um ódio doentio a José Sócrates e a qualquer atitude que este tenha.
No entanto, pode-se sempre descer mais baixo.
Associar a capa do 24 horas com título sobre a mãe do PM ao caso Freeport (quando a compra da casa aconteceu ainda José Sócrates não era ministro do ambiente), é aquilo que onde eu nasci se chama de PULHICE!
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