quarta-feira, janeiro 07, 2009

A gestão de Lisboa na era santanista

O Tribunal de Contas fiscalizou as contas de gerência de 2002 e 2003 do município de Lisboa. Os resultados não são nada famosos. A fazer fé no Diário Económico:
    • O património municipal não estava identificado, sendo que a maioria dos bens não era amortizada — e, nos casos em que a Câmara se dava à maçada de o fazer, não foram aplicadas as taxas legais, mas outras de que só eventualmente as santanetes conhecerão os critérios;
    • Por as santanetes não terem tido provavelmente oportunidade de espreitar os armazéns municipais, ninguém sabe o que havia em stock (o que, como se sabe, é o ambiente propício para as mais heróicas aventuras);
    • Não sendo possível verificar à unha um universo de 400 mil clientes, o Tribunal de Contas ainda está a esta hora para saber como é que as santanetes calcularam as provisões.
Admitindo que as santanetes não sejam muito dadas à organização e gestão, esperar-se-ia, ao menos, que guardassem numa gaveta os papelinhos das despesas efectuadas. Mas parece que alguns — ou muitos (para terem sido reportados pelo Tribunal de Contas) — desses papelinhos desapareceram, pelo que as despesas então efectuadas não estão documentadas: “constatação de vários itens nas reconciliações bancárias sem os documentos de suporte”.

Eu, se fosse ao Dr. Santana, já teria vestido o meu fatinho escuro para dar uma explicação.

2 comentários :

Anónimo disse...

Essa gente tem que ser levada a serio,é um antrio de vigaristas. Mesmo com as mascaras dos malucos do riso, não escondem ao que vem quando tomam as redeas do poder politico e financeiro.
É só gamar e os palermas dos seus apoiantes gostam disso, presumo que muitos serão como eles, é só ver a imprensa diaria e o que eles representam na sociedade.

Teófilo M. disse...

Mas o Zé pagode não adora as santanetes e mais o rapagão todo aperaltado que chefia a banda?