terça-feira, janeiro 13, 2009
Os “4 A de Bleuler” em letra de forma
Ana Matos Pires, doutora da psique, lembrou-se de Eugen Bleuler quando leu o editorial de ontem de José Manuel Fernandes. Palmira F. Silva, que fez um link para o editorial, pareceu ter ficado também muito apreensiva.
Já no fim-de-semana, Vicente Jorge Silva, mostrando-se horrorizado com o “editorial sinistro que [Fernandes] escreveu na passada segunda-feira” acerca de “uma guerra sobre a qual teoriza à distância”, tinha um desabafo lancinante: “Que pena me faz que isto tenha sido escrito em editorial — um editorial repugnante, insisto — num jornal que ajudei a fundar!”
A coisa parece estar a agravar-se. Hoje, a propósito de Ronaldo, temos direito a mais um editorial de antologia do último dos neocons em actividade: “O Ferrari, a mãe Dolores e Sir Alex Ferguson”. Ronaldo constitui, diz Fernandes, “um exemplo para um país onde ainda se crê que o improviso e um golpe de sorte podem resolver tudo no último minuto [já no período de descontos?].”
É evidente que, apesar de considerar Ronaldo “um profissional workaholic” [sic], Fernandes entende que o jogador deve muito a “dois grandes apoios”, que, feitas as contas, são três: a família, em especial “a mãe [que] o convenceu a comer duas sopas antes do prato principal para conseguir ganhar a força que lhe faltava”, Scolari [em cuja selecção ele nunca jogou bem, fugindo ao trabalho de equipa a que é obrigado no Manchester] e “o mestre dos mestres, um grande senhor do futebol, um gentleman, um Sir reconhecido por Sua Magestade: Alex Ferguson”.
Terá o súbito agravamento algo a ver com o despedimento de Espada do Expresso, que agora tem mais tempo livre para o acompanhamento das criaturas que inventou? Ele que mande uns rascunhos por fax, porque dicas pelo telefone não previnem os erros ortográficos.
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7 comentários :
O que já me ri a bom rir .....
Muito bem apanhado. Mas o homem tem desculpas, andou mergulhado no estudo do "eduquês" e esqueceu a sua matemática da quarta classe à antiga e majesty segredado em sotaque oxfordiano parece mesmo magesty. Quanto ao neocon ele continua incessante mas parece que já passou de falcão a abutre...
http://blogsinedie.blogspot.com/2009/01/de-falco-abutre.html e não será apenas sobre o Médio Oriente.
Esse Fernandes é mesmo uma tristeza.Vai enterrar o Público.
Edie Falco
inenarrável!
Fico com a impressão que o cargo de director do Público é um cargo de nomeação política! Não terá a ERC uma palavra a dizer?
...please where can I buy a unicorn?
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