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MJM: O que eu acho mal é que o jornalismo não faça as suas investigações autonomamente e que se esteja a criar um clima, que já vem de trás, de um certo parasitismo mediático da investigação criminal. Isso é mau para o jornalismo e é explosivo para a investigação criminal. É indesejável. E penso que qualquer juiz, qualquer Ministério Público, qualquer polícia que esteja na investigação criminal deve ter consciência que tem de haver uma linha divisória entre ele e a comunicação social. E se não agir de acordo com essa consciência é mau para toda a gente.
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MJM: Nós precisamos do segredo de justiça na investigação do crime económico-financeiro como meio de alcançar eficácia. Mas se perdermos o segredo de justiça…
MC: Ou seja, esta publicidade milita contra o encontro de verdade?
MJM: Eu julgo que sim, eu julgo que milita contra a eficácia do processo. Mas se milita contra a eficácia do processo, mas se, entretanto, a violação do segredo de justiça se associou a determinado caso sistematicamente, também pergunto, Mário Crespo: não valerá mais tornar tudo público? Em abstracto?
MC: Em abstracto, talvez. Qual é a sua opinião?
MJM: Quando as bolas mediáticas – eu já não me refiro a violações, refiro-me a bolas mediáticas – se instalam num determinado caso, ou despedaçam o caso ou então mais vale abrirmos o caso, não sei…
1 comentário :
Se ela não sabe, quem é que há-de saber?
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