- “As pessoas sensíveis não são capazes
de matar galinhas.
Porém, são capazes
de comer galinhas”
- Sophia
Hoje, na sua primeira página, o Público titula que o “Novo sitema informático pode tornar justiça mais lenta” e no respectivo “lead” acrescenta que “Juízes fazem análise muito crítica do primeiro mês do Citius” – enquanto na quinta página titula que “Juízes arrasam novo sistema informático da Justiça”, para no respectivo “lead” falar de “Balanço muito crítico do primeiro mês de funcionamento do Citius”.
Se não se importam, o Público e a fonte que tem na Associação Sindical dos Juízes Portugueses, de duas uma, ou essa representação arrasa o novo sistema informático da Justiça, ou apenas o avalia de forma muito crítica – a não ser que, no Dicionário do Público, arrasar e criticar signifiquem o mesmo.
O resto é sabido:
- o gosto do Público por sujar e envenenar ...
- a incapacidade de algumas corporações observarem a reserva, discrição ou dignidade de um exercício institucional que só perde em aparecer na praça pública como, salvo o devido respeito, um “rancho de peixeiras” arengando sobre a respectiva venda ...
Do Público já não se espera nada - mas da Associação Sindical dos Juízes Portugueses reclama-se que não esqueça a responsabilidade funcional, o estatuto social e o bom nome dos seus representados (que têm o direito de proteger a sua pessoa e função, e o dever de integrar esse direito na dignidade sua figura institucional que são).
Convenhamos que, no Público, esta mixórdia de títulos e de “leads” – primeira parte de notícia posta em destaque não só para resumir o texto, mas também para alertar o leitor – diz pouco de Jornalismo e muito de Jornaleirismo que aproveita material para dar alfinetadas e caneladas, e envenenar ...
Coisas habituais no Público para quem o domingo é um dia como os outros para fazer o que a outros compete: Oposição – neste caso descarada, má e incompetente (a julgar pelas sondagens).
Ah, Sócrates foi eleito por esmagadora maioria, como era de esperar num partido e num país sem alternativa – mas eu não tenho nada com isso (até porque o meu problema reside numa Comunicação Social que está feita efectivo 4º Poder sem qualquer escrutínio, que outra coisa são as vendas e audiências, e que por não se respeitar a si mesma, não pode respeitar ninguém entre o Presidente da República e o simples cidadão português com direito a voto).
2 comentários :
E já agora: o Citius não é apenas utilizado pelos juízes, mas por muitos mais operadores ou parceiros da justiça.
Porque raio, até agora, e de modo que desse por isso, apenas os senhores juizes vêm com este tipo de avaliação? Não se dão conta do ridículo? Gostam mesmo de se darem por incapazes na utilização de um sistema que obriga tanta gente e não apenas os juízes?
E se fosse assim, isto não seria tema para órgão com credibilidade adequada fazer avaliar? Ou será que a associação sindical toma a gente por parva, sem que percebamos ao que, de facto, vem?
O problema deles (juizes) e de muitos dos professores é as suas incapacidades evidentes em trabalhar com computadores. Eu conheço alguns casos.
Estavam habituados a papel e lapiz, depois disto é a escuridão.
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