sexta-feira, março 13, 2009

Avaliação = Opressão (palavra de ordem na manif. da CGTP)

Veja-se a questão nuclear em que assenta o projecto de reforma da educação de Obama¹:

Obama presenta su plan de reforma educativa:
    «Barack Obama ha ofrecido este martes los detalles de su gran reforma educativa, un ambicioso proyecto con el que intentará colocar a Estados Unidos de nuevo a la vanguardia de la enseñanza internacional, aumentando su capacidad para competir con países que, en los últimos años, han ganado ventaja a la hora de formar a sus alumnos y que han sido una fuente constante de mano de obra altamente cualificada, como Corea del Sur o India.

    "La causa de la prosperidad americana nunca ha sido meramente cómo amasamos nuestra riqueza, sino con qué eficacia educamos a nuestra ciudadanía", ha dicho el presidente en una conferencia ante la Cámara de Comercio Hispana de EE UU. "El relativo declive de la educación americana es insostenible para nuestra economía, inadmisible para nuestra democracia e inaceptable para nuestros niños. No podemos dejar que siga como está. Lo que está en juego es el sueño americano".

    En este discurso, el presidente ha revelado la que será su medida más polémica, una reforma que le enfrentará con toda probabilidad a los poderosos sindicatos de profesores: la remuneración de los maestros sobre la base de los resultados de sus alumnos.

    "A los buenos profesores se les recompensará con más dinero por mejorar los resultados de los estudiantes y se les pedirá que asuman mayores responsabilidades para mejorar sus escuelas", ha dicho Obama. "Si a un profesor se le da una oportunidad, o dos, o tres, y sigue sin mejorar, no hay excusas para que esa persona siga educando. Rechazo un sistema que recompense el fracaso".»
Cautious response from teachers union on Obama merit pay plan:
    “We embrace the goals and aspirations outlined today by President Obama when he called for providing all Americans with a comprehensive, competitive education that begins in early childhood and extends through their careers. The president's vision of education — and the AFT's [American Federation of Teachers] — includes world-class standards for all students, new and better tools for teachers, greater effort to recruit and retain good teachers, and competitive teacher salaries with innovative ways to reward teaching excellence.”

______
¹ Ambas as citações foram sugeridas por leitores, um dos quais pergunta: "OBAMA imita Sócrates: Obama quer a avaliação dos professores, mas os sindicatos estão com um de pé atrás. Onde já ouvimos isto??"

5 comentários :

CS disse...

Meu amigo,

Aqui há meses, publiquei um artigo sobre o plano educativo do Obama. E a forma como ele teve de deixar cair coisas pela pressão dos sindicatos de Professores. Uma das metas dele era a avaliação de docentes. A analogia ficou registada...
Numa nota paralela, um tal de João Vacas baniu comentários a um post em que me critica! por criticar Ribeiro e Castro na sua atitude queixinhas de Sócrates.
http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/03/31-de-armada-proibe-comentarios-velha.html
Isto vai ficar perigoso...

Júlio disse...

O sonho americano apresenta-se realizado sempre e quando alguem, humano,empresa ou animal, consegue realizar os seus objectivos usando uma estratégia de sucesso. O que procuram são resultados a médio e longo prazo. A avaliação dos professores, no sector publico, não deve ser menor, talvez diferente, do que se faz no ensino particular. Para o mesmo trabalho, o mesmo vencimento, o mesmo resultado o mesmo tipo de avalição. Porquê diferente no ensino publico. Há que melhorar os conhecimentos dos educandos, mesmo a custo de professores menos competentes. A estes reconheço a liberdade de sairem, de professores, e procurarem outra profissão

Anónimo disse...

ao ler este post vem-me à memória uma crónica de josé gil na visão. ele demonstrava, por um lado, a sua solidariedade aos professores e à sua luta contra a avaliação, e por outro elogiava obama e a esperança que a recente eleição trazia ao povo. quando acabei de ler a dita crónica perguntei-me qual seria a coerência deste josé gil: se o obama fosse português facilmente se adivinha que ele estaria a favor da avaliação dos professores. pelos vistos isso não era óbvio para o gil, pensador.

Anónimo disse...

Em Portugal existe uma cambada de ignorantes bastardos que o melhor é não se fazer nada, voltar ao portugal dos pequeninos, e a vida continua.

Socrates deu um safanão nessas mentalidades retorcidas e em certa medida a escoria do sociedade, passano a ser um inimigo a abater. Eis que se juntam à volta do mesmo objectivo, os reacionarios, os social-fascistas, a TVI e certos jornais, assim como toda a malandrajem que por aí gravita.

Júlio disse...

Penso, que os programas de ensino devem subir de nivel. Que os professores todos, os de ensino particular e oficial, possam frequentar, facultativamente, um novo tipo de formação promovido pelo Ministerio e a pedido pessoal ou das escolas.
Seria uma boa e primeira triagem sobre os que desejam melhorar a sua "performance" de ensino. Por outro lado as escolas e os professores, pressionadas pelos pais, sobretudo quando os filhos destes não obtivessem bons resultados escolares, teriam ao seu dispor a melhor forma de fazer com que todos, escola e professores, contribuissem para o fim desejado de melhoria de instrução e formação dos seus filhos e educandos. O que em certa ocasião para uns era facultativo, actualização de conhecimentos e de tipo de formação, que deverá contribuir para incrementar o nivel de ensino individual, passava a ser exigivel pela comissão de pais, para os outros. Estes sabendo daquela possibilidade ou faziam um esforço de auto formação ou se inscreviam automaticamente, para evitarem aquela situação de pressão dos pais. Sera esto a forma mais prática de nivelar o ensino de uma maneira superior e inteligente? Talvez.Primeiro pela vontade própria, depois partindo da auto correcção e finalmente por pressão das bases. E em curto espaço de tempo tudo correrá bem e começavamos, rápidamente a ter um ensino a ser nivelado por cima. E os professores que sairem qualificados, decerto pela avaliação do curso de actualização de conhecimentos e forma de comunicação, continuarão nessa tarefa e com cursos de actualização devidamente progragamados. Os outros, com menos vocação ou cansados de tanto maltrato, pelo ensino e não só,teriam oportunidades de nova avaliações, de diferentes carreiras dentro do ensino, revisão das provas dos alunos em vez de serem os professores, os quais dariam a nota final e os que não desejassem aproveitar essas oportunidades teriam a liberdade, ganha com o 25 de Abril, de falar expor as suas ideias e... sair deixando os outros fazerem o seu trabalho em paz e condições. Este Governo tem faltado com as promessas, talvez até nos bons tempos fossem impossiveis de cumprir, feito muita coisa que não me agrada, vivendo de deficiente informação, procurando ocultar o sol com a peneira, e que tenho comentado. Mas, sinceramente, eu que tenho 5 filhos e que sei o trabalho que tive em dar-lhes educação e formação, gostaria de ver o ensino nivelado por cima e deixado de ser nivelado por baixo. Este governo, infelizmente, fê-lo por baixo facilitando a vida aos menos bons estudantes, ás vezes até os que tem mais capacidades, e quando está a tentar inverter a situação começando a querer nivelar por cima, a partir dos professores, estes e o sindicato não o querem aceitar. É a vida ? Não. É a politica e os politicos que temos. Em que talvez a maioria foi formada no nivelamento actualmente existente.