Eis os dois últimos parágrafos desta notícia:
O Presidente concluiu a lição defendendo a necessidade de o país produzir "bens
com mais qualidade, para poder competir" com os seus concorrentes, e de os
decisores tomarem "decisões acertadas e correctas para poupar dinheiros aos
contribuintes" e fazer com que os "benefícios sejam maiores que os custos".
Cavaco não enumerou os investimentos cuja análise custo/benefício
coloca em causa, mas um responsável do seu gabinete desafiou o PÚBLICO a
"decifrar aqueles que não se adequam ao momento que vivemos". E, sendo
assim, é bem provável que estivesse a pensar no TGV, no novo aeroporto e em
algumas auto-estradas.
Então é assim: o Presidente dá a lição. E depois os "responsáveis do seu gabinete" e os jornalistas do Público descodificam. Isto, em si, não é grande (nem pequena...) novidade (lembram-se da célebre "entrevista" do Fernandes sobre o Estatuto dos Açores?).
Vale a pena registar simplesmente o elemento lúdico agora introduzido. E, já agora, a destreza dos jornalistas do Público - perante um tão elevado desafio lançado por um "responsável do seu gabinete", logo ali o repórter descortinou o que passava pela cabeça presidencial naquele exacto momento.
A continuar assim, e se "os responsáveis do seu gabinete" continuarem tão cooperantes, este jornalista ainda acaba a dirigir a "edição mediúnica" do Público...
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