domingo, março 01, 2009

Memórias [1]





A vizinha - com o seu costumado à vontade, coisa muito própria de quem vive nos lugares das aldeias onde os prédios em altura vieram ajudar ao estatuto de algumas freguesias erectas ao estatuto de vilas, isso graças ao desvelo de Deputados da Nação bastante dados ao título sem rendimento ou à vaidade sem se ter onde cair morto – entrou pela porta lá de casa a perguntar pelo estado do senhor VPP que, na noita da última sexta-feira, estava a tentar acompanhar os âs e trejeitos da senhora Guedes na TVI.

Em vez de responder, ofereci café e bolachinhas à senhora e ela, consolada, foi-se à vida – até à proxima ocasião em que a boa vizinhança será realidade motivada por facto ou palavra do domínio do espanto.

Por mim, da estação que tem a senhora Guedes mais o senhor Pulido Valente que não é assim mas Correia Guedes, acho que o respectivo director-geral já esqueceu os tempos em que o Público (30 de Outubro de 1994) noticiou que José Eduardo Moniz, quatro meses após ter saído da RTP, cobrou 700 mil contos à televisão do Estado por produção de programas a cargo de empresa sua que não tinha estruturas de produção – experiência que o deveria convidar à inteligência e sensatez quando a sua televisão aposta no lançamento de lama sobre outros.

Quando ao VPP que é VCG, em 1995, quando o homem aceitou ser candidato a deputado pelo PSD de Fernando Nogueira, na edição de 14 de Julho o Público publicou a seguinte nota de Fernando Pulido Valente, Pulido Valente verdadeiro:
    Eu conheço este menino Vasquinho. Logo de criancinha se revelou caprichoso, impertinente, irritante mesmo, em suma, uma criança verdadeiramente insuportável. Convenceu-se, ou convenceram-no, de que era um génio, de que o mundo só existia para seu comprazimento e gozo pessoal. Tratava os semelhantes com um desprezo tanto maior quanto menor fosse a sua categoria social: era constante a sua prepotência e má criação com os subordinados. Foi crescendo e estes traços da sua personalidade foram postos a render, através de uma actividade plumitiva altamente valorizada num meio que confunde actividade intelectual séria com exibição histriónica – cabriolas, palhaçadas, disfarces são a sua especialidade. Até o nome que usa não é dele! Deu agora mais uma cambalhota? Será possível que ainda haja quem o tome a sério?”...

Contributo de Manuel T., Santa Maria da Feira

2 comentários :

Anónimo disse...

Como sempre brilhante nos seus comentarios. Continue, pois tem aqui um seu leitor.
jpp

MFerrer disse...

Pena que a vergonha não se venda nas farmácias, nem nas tabernas...
Havia muito que aviar!
Santa Maria da Feira pode orgulhar-se deste seu cidadão!Os meus parabens.
MFerrer