Contrariando o seu “princípio” de chapar na primeira página tudo quanto possa morder nas “canelas de Sócrates e do Governo” – o Público remeteu para página interior a ida de um “movimento cívico chamado Força Emergente” à porta de São Bento, para entregar uma carta onde pede a Sócrates que se demita! Ou seja, logo à noite, vamos ter “circo” nas televisões e conversa de chacha!
Esse “movimento” — que considera o “actual sistema político está falido” e convém que se transforme num regime “presidencialista” — “não quer, para já constituir-se em partido político”, mas tem “cidadãos habituados a liderar projectos” e quer “aparecer perante a sociedade portuguesa como porta-bandeiras de um novo rumo”, capaz “de dialogar com elementos de valor de todos os partidos — mas não com as cúpulas”, pretendendo “lançar duas ou três pessoas que podem ajudar o país a sair da crise”.
Esse movimento também garante que “não há pessoas com capacidade de liderança para assumir o lugar de candidatos que possam de facto mudar de rumo”. Chegados aqui é de perguntar: se o país não tem pessoas com capacidade de liderança, qual é a nacionalidade das “duas ou três pessoas” que esse movimento quer lançar?!
A minha vizinha, que se ficou pela quarta classe antiga e ainda hoje sabe a potes de rios, estradas, linhas do caminho-de-ferro, montanhas, gramática e por aí fora, já me perguntou: “essa gente pensa-se?”
Contributo de Manuel T.
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