- • Vital Moreira, Diário de candidatura:
- “Decididamente, ao defender explicitamente a privatização geral do sistema nacional de saúde e do sistema público de educação, pondo o Estado a pagar as clínicas privadas e as escolas privadas para quem quiser, o cabeça de lista do PSD deu voz à deriva neoliberal do seu partido, numa verdadeira declaração de guerra ao Estado social entre nós, tal como estabelecido na Constituição de 1976.
Doravante, ninguém pode dizer que não sabia!”
• Emídio Fernando, Saúde sim, mas só para alguns:
- «Uma apoiante de Paulo Rangel e do PSD foi a uma conferência no Porto questionar a saúde gratuita, dizendo que “não se pode pagar seis consultas em três meses a uma mesma pessoa e mais as análises”. Paulo Rangel limitou-se a defender uma sistema de saúde misto.»
• Eduardo Maia Costa, A imprensa portuguesa, segundo Álvaro de Campos
• f., por coincidência
• Francisco Clamote, Por onde tens andado, Zé Manel?
• Hugo Mendes, Não há think tanks e editoriais destes que nos ajudem a resolver os problemas
• João Pinto e Castro, Modesta proposta para combater a abstenção
• José Medeiros Ferreira, Fumaça tóxica
• Paulo Ferreira, Quem é o maior, quem é?
• Val, Sociedade lusa dos negócios
• Vital Moreira, Double standards
1 comentário :
Ainda estou para saber onde é que está o "ataque ao Estado Social" ao dar aos utentes liberdade de escolha no ensino público ou privado por via do cheque de ensino ou da saúde. A meu ver isso:
(a) alarga a possibilidade de escolha dos pais. tendo em conta que, nos últimos anos, apesar de anualmente mudarem os critérios de classificação, as escolas privadas continuam a ter classificações muito superiores às públicas nos exames nacionais, alarga a possibilidade de frequência dessas escolas a alunos carenciados - assim aumentando a possibilidade de acesso a uma boa educação.
(b) permite a redistribuição dos alunos entre as escolas, baixando o número de alunos por turma e melhorando a qualidade do ensino.
(c) permite a criação de postos de trabalho para professores não colocados no ensino público, aumentando a empregabilidade no sector e evitando o desperdício de recursos humanos no país.
(d) coloca as escolas em competição umas com as outras, aumentando o nível de qualidade do ensino.
Quanto ao sistema de saúde: é difícil promover competição porque nem todos os centros de saúde privados estão equipados para acorrer aos casos mais urgentes. No entanto pode ter um óptimo efeito distribuidor: os casos menos urgentes poderão ser encaminhados para clínicas privadas e os casos urgentes ou mais delicados poderão ser mantidos nos hospitais públicos, assim melhorando a eficiência na afectação dos recursos na saúde mantendo a despesas inalterada.
Resta-me apenas dizer que cada uma destas soluções já foi adoptada na Holanda. no caso do ensino todas as escolas são privadas e o estado financia aquilo por via de contratos de financiamento; caso haja má gestão dos dinheiros públicos, a exploração da escola é entregue a outra empresa por via de concurso público. No caso da saúde, é a solução que foi adotada na Holanda com a criação do seguro de saúde obrigatório e a celebração de parcerias público privadas com clínicas privadas.
Mas compreende-se que estas modernices vão contra as directivas estalinistas do Avô Cantigas na qual o Estado tem que regular todos os aspectos e dimensões da vida do cidadão (além de proporcionar uma óptima distribuição de tachos pelos amigos que o dinheiro dos impostos financia). A concorrência dá-se mal como Estalinismo que tem mais afinidades com estados absolutistas.
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