quinta-feira, julho 23, 2009

O “monstro”: vamos falar de números, Dr.ª Manuela?



    Na minha coluna deste próximo Sábado no i discuto o caminho previsível da despesa pública (carinhosamente apelidada “o monstro” por Cavaco Silva) no seguimento do défice nas contas públicas.

    Para escrever a coluna consultei um dado simples para medir o tamanho do monstro: o rácio dos gastos do Estado em consumo público em relação ao PIB. Reuni dados desde o início de 1986 e calculei a taxa anual de crescimento do monstro durante 4 períodos: os governos de Cavaco, Guterres, Durão-Santana, e Sócrates. O que descobri, sinceramente, surpreendeu-me.

    O período de maior crescimento do monstro foram os anos em que o PSD estava no poder, com Durão Barroso e Santana Lopes: 0,350,61% por ano. Segue-se Cavaco (0,35%), e só depois Guterres (0,20%) e por fim Sócrates (0,11%). Quer dizer, o grande alimentador do monstro é o PSD, que supostamente é o partido mais à direita e fiscalmente mais responsável em Portugal. E o inventor do termo, numa crítica à governação de Guterres, afinal alimentou mais o monstro do que qualquer governo PS.

2 comentários :

escrevinhadora disse...

E não é que, ontem, a dr.ª Manela culpou Sócrates de a impedir de apresentar ideias para o programa eleitoral? Por ele não desvendar resultados do défice...

Anónimo disse...

clamam os laranjas, desde o p.pereira até ao cavaco: oh gaita, isto dos números é que estraga tudo. o que interessa é a retórica, não são os números.