- ‘Escrevi, aqui: "(...) Estou a brincar com coisas sérias? Estou, mas nada comparado com o silêncio do Presidente depois de um jornal sério ter dito que um homem do Presidente disse que o Presidente estava sob escuta. Um homem? No sentido de ser humano que não o de carácter: assessor da Presidência que insinua um crime contra um símbolo da Nação e não dá a cara não é homem nem é nada." Escrevi isso a 19 de Agosto de 2009, logo no dia seguinte ao Público ter publicado a manchete sobre as pretensas escutas em Belém. Ao que parece, a canalhice do procedimento é, hoje, evidente para todos. Ainda bem. Não estou a gabar-me de presciência, estou a justificar porque dediquei tanto do último mês a combater a vil campanha sobre suspeitas, medos e asfixias - encomendada por Belém, como se confirmou ontem, e tolamente acolitada por Manuela Ferreira Leite, induzida em erro pelo silêncio de Cavaco. Quando foi necessário correr atrás do prejuízo, Cavaco defendeu a eleição que lhe interessa (as presidenciais, daqui a dois anos), prejudicando a colega de partido nas eleições daqui a sete dias. A inventada campanha "espiatória" acabou num bode expiatório, o bode bíblico que, no Levítico, levava consigo os pecados dos outros. Mas eu continuo na minha: o pecado ainda mora em Belém.’
terça-feira, setembro 22, 2009
Leituras [5]
• Ferreira Fernandes, Bode espiatório (de espiões):
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
Sem comentários :
Enviar um comentário