segunda-feira, setembro 14, 2009

Leituras

• Eduardo Ferro Rodrigues, Outubro em Setembro [no Diário Económico, via SIMplex]:
    É verdade que temos um sério problema de endividamento; mas este problema tem outra face: um aumento dos activos das famílias, empresas e Estado. Ou seja, embora endividados, os agentes económicos têm mais bens.

    Por outro lado, também não faz sentido dizer, como frequentemente acontece, que se não estivéssemos no Euro estaríamos falidos, já que a verdade é que se não tivéssemos aderido à moeda única não teria havido a possibilidade de se terem dado aqueles acréscimos, quer de activos, quer de passivos.
• Ferreira Fernandes, A genuína e o fingidor:
    Invocar o milagre de ser uma genuína, não chega. E ser genuína e falar assim só agrava o caso.
• Helena Garrido, Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades:
    Onde estão os tempos em que todos clamavam por reformas estruturais? E em que todos criticavam o diálogo? Hoje ouvimos a líder de um dos mais importantes partidos do regime, o PSD, a afirmar que Portugal não precisa de reformas. E a dizer que a nova avaliação dos professores será concretizada em diálogo com eles.

    Quase cinco anos a fazer o que todos os economistas e políticos pediam foi o suficiente para perceber… porque não se tinham feito antes as tão exigidas reforma estruturais. Quase cinco anos a mudar estruturas contra a vontade das corporações foi o suficiente para… apelar ao diálogo, atitude tão criticada a António Guterres.

    À saída do último debate entre líderes partidários, Manuela Ferreira Leite afirmou que o país não precisava de um governo maioritário, entre outras coisas, porque não precisa de leis que passem pelo Parlamento nem de reformas, mas de uma outra política.

    A opinião de Manuela Ferreira Leite não é única. É espantoso como, em cerca de dois anos, se tenha passado de um apelo desesperado e do elogio à coragem do actual governo, por fazer as reformas estruturais diagnosticadas como urgentes pela esmagadora maioria dos líderes de opinião, de economistas a políticos, para uma espécie de "já chega de reformas", já não são necessárias mais reformas.

4 comentários :

Anónimo disse...

poderia a Helena Garrido escrever isto no Público? é evidente que não. Excelente editorial.

Unknown disse...

Sou o autor do blog "Sítio com vista sobre a cidade" e distingui o Câmara Corporativa com o selo "Seu blog é viciante". O Câmara Corporativa é indispensável para me manter bem informado.
Obrigado
http://sitiocomvistasobreacidade.blogs.sapo.pt/30401.html

xico ribeiro disse...

Mas quem em Portugal leva a serio essa escumalha de pseudo: comentadores,jornalistas, analistas, revisionistas,chantagistas, pelintras e intelectuais de sarjeta?

Eu não.

Anónimo disse...

Se a criatura fosse eleita (abrenúncio)governaria por Portarias e Resoluções do Conselho de Ministros..., que logo renegaria quando tornasse à oposição.

Mas o que eu penso mesmo é que esta ternurenta Avó deveria ir definitaivamente para casa, descansar!