- 'No Jornal da Tarde, a RTP 1 passa excerto de entrevista da Rádio Renascença e do Público com Belmiro de Azevedo a disparar sobre Sócrates e o Governo.
Em nome da independência e dignidade dos jornalistas, pelo Público a entrevista é conduzida por José Manuel Fernandes, não sei se como assalariado da Sonae, se como sócio de Belmiro de Azevedo em empresas da Sonae.
A bem do jornalismo que se vai fazendo por cá, dessa entrevista não nos dizem se Belmiro de Azevedo continua a propor a diminuição dos salários como saída para a crise, mas sem que ele baixe, proporcionalmente, os preços nos seus supermercados (apesar da inflação negativa).
Ao lado aparece a Drª Graça Franco da RR, senhora que, como católica que é, tem uma certeza absoluta: por mais parcial que seja, "todos os pecados lhe serão perdoados".
Que irá dizer e fazer esta gente solícia depois de 27 de Setembro? Irá mudar de povo?'
- Manuel T., Santa Maria da Feira
3 comentários :
Quando liguei para a RTP 2 nem queria acreditar no que estava a ver: à vista de toda a gente, o sabujo lambia as botas do amo.
Até fiquei agoniado, um nojo!
Está cada vez< mais evidente que os interesses por detrás do público, da tvi, das inventonas de belém e do slogan da verdade, são a estratégia de uma direita que desde bush acha que se ganham eleições com campanhas negras.
É pena que certa esquerda pactue com isto...
Eu comentei assim:
- A política deve ser criar um melhor ambiente para todas as empresas ou apoiar as que têm dificuldade?
perguntaram Graça Franco e José Manuel Fernandes à Excelência Belmiro de Azevedo que lhes respondeu assim:
- Apoiar essas empresas seria contrariar Schumpeter: uma empresa que não tem futuro não dever ser apoiada. Se é má, nunca mais tem solução; uma perna podre tem que ser amputada.
Com esta pergunta idiota, o Zé – ou foi uma partida da Graça? - parece querer arrumar com o Público, olhando a pipa de massa em resultados negativos acumulados.
A menos que a Excelência faz uma excepção schumpeteriana. Fará?
e assim
-Ainda há poucos dias um empresário, Jorge Bleck, disse que havia pressões sobre os empresários. O jornal do grupo Sonae [o Público] é visto por José Sócrates como um jornal de campanha, pelo que pergunto se sente pressões. Os quadros da Sonae queixam-se de que o Público lhes estraga os negócios?
Pergunta de Graça Franco ou de José Manuel Fernandes ao Engenheiro Belmiro que respondeu:
- Primeiro todos os que me conhecem sabem bem que não exerço nem nunca exerci qualquer pressão editorial sobre o Público. Não sei se é bom, se é mau, acho que o jornal deve procurar os melhores jornalistas e fazer o melhor jornalismo…
Zé! Então toca a procurar. Patrão falou. Recado está dado. Ele quer os melhores, não deverá estar satisfeito.
E já agora: não é apenas Sócrates que tem o Público como jornal de campanha. Muitos mais têm essa opinião. Olhando o resto da entrevista, até o patrão, e só isso justifica que não lhe aplique o Schumpeter...
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