Vi hoje as peças da RTP e da SIC sobre a inventona de Belém. A demissão de Fernando Lima foi referida em ambas as estações, mas em nenhuma das duas se fez alusão às causas da demissão do porta-voz de Cavaco, ou seja, à “notícia” das escutas forjada em Belém.
Por outro lado, a RTP e a SIC estiveram entretidas com a questão de saber o que terá o Presidente da República a dizer sobre o assunto. Mas alguém tem dúvidas de que Cavaco, se tivesse quaisquer indícios sobre escutas que comprometessem o Governo, não teria já feito uma comunicação ao país?
A forma nebulosa e ambígua como se trata a inventona só aproveita ao PSD. Assim está bem, Dr. Pacheco?
5 comentários :
isso que refere é notório. ainda ontem estava a ouvir o opinião pública da sicn eaquela tipa da renascença, a abecassis, só dizia que esse problema não interessa nada a ninguém porque o lima é uma 2ª figura que ninguém conhece. enfim, tentam encobrir uma (mais uma!) conspiração como podem.
se fosse um assessor do sócrates a fazer intrigas na comunicação social tínhamos histerismo pela certa. é a prova da asfixia democrática.....
Assim sim, as televisões cumprem o seu papel, de acordo com a estratégia da marmeleira. Não vamos escrever mais porque alguém pode estar a escutar. Mas podemos ainda acrescentar que o rumo está correcto. É preciso manter a dúvida, o Cavaco ajuda e não vai falar. Garantido. Metam a coisa assim, e podem até dizer que a fonte está nas Berlengas. Podem até contactar com o faroleiro e perguntar-lhe se não tem dúvidas sobre as escutas. Mas NÃO refiram que houve uma fabricação de notícia falsa sobre escutas, com origem na presidência da república. Porque se o caso ficar todo explicado perdemos a causa. Manter o medo e a dúvida até ao último minuto. Pelo nosso lado manteremos a tese da asfixia. Com a ajuda da SIC, RTP, Expresso, Correio da Manhã, TVi, Sol, e alguns outros. É tão bom conseguir enganar as pessoas!
Entreteram-se ou entretiveram-se?
E no entanto haveria muito a noticiar. Por exemplo.
Há quem se admire que este caso das escutas, criado pelo triângulo Cavaco-PSD-Público, comece a criar fissuras cada vez mais fundas no PSD, mesmo antes da eleição. Mas nos outros sítios o desnorte não deve ser menor.
Em Belém, a bússola deve procurar incessantemente uma direcção que permita sair desta embrulhada, que vai arrastar-se pelos media bem para lá do dia 27, e cujas consequências são neste momento imprevisíveis. Já que por lá ninguém fala (o mutismo, quando dá jeito, é tão saboroso como os pastéis lá do sítio), teremos que esperar pelo rescaldo das eleições.
Mas ali para os lados do Público o ambiente não parece estar mais sereno. É que, com os holofotes virados para Belém, noto que o papel central daquele jornal “de referência” vai passando entre os pingos da chuva...
Aquela espécie de director já acusou tudo e todos. Primeiro, claro, foi o Sócrates. Rebentada a coisa, e vendo-se no olho do furacão, acusou o DN e os serviços secretos da Patagónia. Agora já acusa o assessor... e mesmo o Cavaco...
Em relação ao DN, convinha que José Manuel Fernandes (JMF para os íntimos) não esquecesse que o DN não revelou fonte nenhuma. Limitou-se a publicar um documento interno do Público, que uma mão (inspirada, digo eu) lhe fez chegar. Isto é, fez exactamente o que o Público faz publicando ou re-publicando informações em segredo de “privacidade” ou mesmo em segredo de justiça, de muitos outros cicadãos, violando leis vezes sem conta...
Pode estrebuchar o JMF e procurar defender o seu próprio tacho, mas se me é permitido dar-lhe um conselho:
1 – Faça queixa na polícia relativa ao re-envio de um mail para o exterior. Vamos divertir-nos com as conclusões do inquérito.
2 – Faça queixa contra o DN por publicação de documentos privados ou em “segredo de inquérito interno”... Prometemos também umas risadas.
3 – Nos esclareça sobre a idoneidade jornalística do seu colaborador Alvarez.
É mesmo um princípio de conversa.
Qua Set 23, 10:18:00 PM:
... estiveram entretidas...
Obrigado.
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