- ‘Praticamente toda a oposição afirmou ou insinuou a responsabilidade directa ou indirecta do Governo e do PS no afastamento de MMG, unicamente porque José Sócrates, sendo a principal vítima do seu programa, criticou essa aberração jornalística. Se ele estava contra o programa, a sua extinção beneficiou-o; e se o beneficiou, ele é responsável por essa extinção. Eis o farisaísmo no seu melhor.
Desde Sá Carneiro (e a campanha de que foi alvo) que o debate político em Portugal não descia tão baixo e o oportunismo dos dirigentes partidários não subia tão alto. A ética e a rectidão foram decididamente arredadas da política portuguesa, que se transformou numa selva onde vale tudo para se conseguir uma vantagem eleitoral ou mediática.
É de elementar justiça dizer-se que o actual Governo é um dos que menos interferiram com a comunicação social que dele depende. Basta ver o que se passa com .
Nunca a informação das estações públicas de rádio e de televisão teve tanta qualidade e tanta isenção e imparcialidade como hoje. Pelo menos ninguém se queixa, o que é caso inédito em Portugal. E isso deve ser creditado (por acção) aos jornalistas daquelas estações, mas também (por omissão) ao Governo (e o mesmo se diga em relação à Agência Lusa). Sobretudo se nos lembrarmos do que se passava anteriormente com perseguições a jornalistas (Mário Crespo, Miguel Sousa Tavares e Barata Feio, entre muitos outros), afastamento de colaboradores, extinção de programas de informação, alinhamento político dos telejornais por imposição externa, despedimentos por motivos políticos; enfim, tudo isso existiu e agora não. Mas já ninguém se lembra. E ainda bem.’
2 comentários :
Marinho Pinto erra apenas num ponto; Mário Crespo nunca foi perseguido na RTP, a não ser por ele próprio, pelo seu ego pateticamente doentio! E de Sousa Tavares, não me recordo de qualquer problema com ele!
Este Bastonario é realmente uma pessoa impoluta. Bate quando tem que bater e não pede meças. Aqui está mais uma afirmação que subscrevo totalmente. Homem serio.
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