sexta-feira, novembro 27, 2009

Isto não vai acabar bem [Nova série – 18]



Paulo Querido



Bacelar Gouveia diz querer acabar com as práticas “de sindicatos de voto” na distrital de Lisboa do PSD; Carlos Carreiras, que se recandidata, responde que os responsáveis por essas “más práticas” são os apoiantes do primeiro. E o actual presidente da distrital vai mais longe: “Eu não tenho nenhum saco de votos. Mas se a questão fosse essa — e foi uma indução pouco frontal —, a verdade é que foram os mesmos sacos de votos que elegeram a doutora Manuela Ferreira Leite presidente do partido e presidente da distrital de Lisboa”.

Com efeito, na apresentação da candidatura de Bacelar Gouveia, estiveram, entre outros, Helena Lopes da Costa e António Preto, arguidos em processos judiciais. Nada que incomode Pacheco Pereira, que foi apoiá-lo, dizendo ser “o exemplo da renovação de que o partido precisa”, sublinhando que o PSD necessita de ter à frente das suas estruturas “pessoas que tenham um prestígio social e profissional, para fora do partido”.

Como é sabido, Bacelar Gouveia é um santanista de sempre, tendo sido o mandatário da recente candidatura (derrotada) de Santana Lopes à Câmara de Lisboa — a mesma que levou Pacheco Pereira a transferir o seu recenseamento para Rio Maior, para não votar em Santana Lopes.

O leitor está a conseguir acompanhar as movimentações no seio do PSD, em particular a autobadalada coerência de Pacheco Pereira?

5 comentários :

Anónimo disse...

Então ó camelóide, não publicas notícias do Partido da Sucata, ou também andas a comer juntamente com essa cambada de corruptos do largo do rato?

Anónimo disse...

Um bom tema para comentar seria o do sequestro do poder pelos aldrabões.

rafael fortes disse...

para as diatribes do PSD, muito sinceramente, já nao há paciencia.

Um partido fundado na necessidade de conquistar o poder de forma permanente quando perde consistente e consequentemente a razao do seu ser, perde também o norte, entra num processo entópico que espero (a bem da democracia) redunde no que realmente é: 3 ou 4 grupos de interesse associados por conveniencia.

A cisao do PSD só faria bem à clareza democratica.

Anónimo disse...

Prestigio profissional?

"Deixa-me rir..."

Antolin Santos disse...

O PSD é uma "frente quente" de gente "popular" da extrema direita á Social democracia.Há vagamente uma "ideologia popular" inspirada na União Nacional do Marcelo Caetano que, quando não têm chefe parece um saco de gatos. Por isso é que estão dentro do saco desde o Pacheco Pereira, passando pela conventual MFL até ao Santana Lopes. Como se entendem eles? Não tendo qualquer princípio que oriente a sua acção a não ser a destruição do PS com a mesma intensidade com que atacam e destroiem os inimigos internos. O papel de Pacheco Pereira é patético e nada tem a ver com aquele Pacheco que há uns anos parecia um intelectual interessante a discutir com o Antonio Barreto na Sic. Mesmo assim tenho mais consideração pelo Santana Lopes que não parece ser um tipo vingativo mas sim apenas um bom rapaz que gosta muito das mulheres e que pensa que sem trabalho se consegue ser um político capaz. O P.Pereira caminha a passos largos para ombrear com Vasco Graça Moura na sua trauliteirice e arrogancias que nem no tempo da "Outra Senhora" se diziam com tanta desfaçatez e descuido.