quinta-feira, dezembro 03, 2009
As comissões são como as moedas, há as boas e as más
Pedro Lomba (3 de Dezembro) quer uma comissão parlamentar de inquérito (a quê não se sabe muito bem, mas esse não é o ponto). Ainda bem que a proposta surge pela pena do corajoso e impoluto Lomba e não pela pena vendida e socrática de João Marcelino (21 de Novembro). Nesse caso, Luís M. Jorge não teria tão diligentemente corrido atrás das canas.
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2 comentários :
Quer-me parecer que estão a falar ambos de coisas diferentes. Pedro Lomba fala de uma Comissão de Inquérito, não ao processo Face Oculta, mas à actuação política do primeiro-ministro e que resultou de escutas tomadas no quadro do referido processo (mas que se referem a questões políticas não directamente ligadas àquele), enquanto João Marcelino se refere a uma Comissão de Inquérito especificamente para o processo Face Oculta. Ou seja, PL quer que se avaliem as consequências políticas daquilo que é político, enquanto JM quer que o parlamento se sobreponha ao sistema judicial, num processo que se encontra a ser avaliado por esta. Ou seja, JM (que, nesse particular, parece pretender apenas esvaziar de conteúdo o processo judicial) quer sobrepor-se aos tribunais. E nesse aspecto aquilo que o seu post pretendia fosse uma ironia apresenta-se como uma realidade: a pena bem socrática de João Marcelino mostra bem de que lado ele se encontra e o que pretende.
Uma adivinha (enquanto se saboreia a confissão de Manuela Ferreira Leite sobre as escutas): Por que razão o sr juiz deputado dr Fernando Negrão faltou à reunião de audição do Ministro da Economia na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, de que aliás é vice-presidente? Assuntos importantes iriam ser abordados, como a violação do segredo de justiça.
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