quinta-feira, janeiro 21, 2010

Fotografia n.º 8

Dava um filme. Infelizmente, não é ficção. Um dia, a rapaziada de Souto Moura resolveu criar um álbum com fotografias de gente conhecida para que as vítimas da Casa Pia — cujo drama também não é ficção — pudessem identificar os suspeitos de abusos. Do álbum constavam figuras como Mário Soares e o Cardeal Patriarca, mas nem um magistrado para amostra. O resto que envolve Paulo Pedroso é mais ou menos conhecido. No entanto, eu não sabia disto:
    "A interpretação que o Tribunal acolheu hoje e tem vindo a ganhar lastro nos processos que movi por difamação e denúncia caluniosa considera que quem, mesmo depois de eu ter sido despronunciado, me fez e foi repetindo imputações falsas em sede de inquérito judicial e em Tribunal, ainda que errando, não teria intenção dolosa, pelo que não estão reunidos os requisitos legais que tipificam os referidos crimes.

    Entristece-me tal interpretação da lei (…). É, nesses processos, a última das tristezas, que se junta à grande desilusão de ter assistido ao desamor activo pela verdade que levou a hierarquia da investigação criminal a obstruir a investigação das minhas denúncias. De facto, elas sempre que chegaram às mãos de magistrados que se dispunham a levá-las minimamente a sério como questões a averiguar foram-lhes retiradas cirurgicamente e redistribuídas, por exemplo... aos autores da acusação que os tribunais arrasaram."

4 comentários :

Anónimo disse...

a hierarquia tinha um nome: Souto Moura.
Pedro

Vicente de Lisboa disse...

Extinção do MP já!

...e o PSD que ganhe juízo - acham mesmo que os senhores Magistrados se vão comportar de outra forma quando políticos do PSD, CDS, PCP ou o que for, quiserem reformar a justiça? O MP que assassinou politicamente Ferro e Pedroso é como cão que provou sangue humano: para a próxima morde o dono.

Anónimo disse...

Tudo afirmações não concretizadas, certamente por simples impossibilidade de concretizar, comprovando, falsidades.

Francisco Clamote disse...

Uma vergonha a actuação da Justiça. No caso do Paulo Pedroso e noutros, pelo que temos visto. E o pior é que, por ora, não vejo saída para esta situção. Cumps.