terça-feira, fevereiro 23, 2010

Pelo casamento, pela família — os depoimentos de Jaime Nogueira Pereira e José Pacheco Pinto



    ‘Há uma vulgata que pretende qualificar e caricaturar as pessoas que se manifestaram - e todas as que se opõem à dita lei - como um bando de reaccionários homófobos e obscurantistas, gente malvada que combate os direitos e as liberdades dos que são diferente, gente que pretende parar a mudança e o futuro.’
      Jaime Nogueira Pinto
    ‘(…) é também por isso que por todo o debate mostrou uma enorme intolerância num só sentido. "Fanáticos", "intolerantes", "retrógrados", "reaccionários", "aberrantes", foram palavras comuns, ecoando o que era o tom de muita comunicação social que tomou a causa como sua. "Tacanhos" eram todos os que se opunham ao casamento de pessoas do mesmo sexo.’
      José Pacheco Pereira
    ‘As alterações a esta lei representam uma alteração do modelo de sociedade e de civilização, cujos efeitos colaterais não podemos por agora medir.’
      Jaime Nogueira Pinto
    ‘E por isso que se trata de uma "luta", não por direitos, mas contra uma determinada forma de sociedade.’
      José Pacheco Pereira
    ‘(…) o mundo e a civilização viveram mais de vinte séculos com famílias baseadas na diferença dos sexos. Como será a mudança? O que custará?’
      Jaime Nogueira Pinto
    ‘Sabem que ao romper na lei a relação do casamento com a família nuclear, que implica possibilidade real da procriação, erodem para outros um valor que não desejam.’
      José Pacheco Pereira
    ‘Ainda por cima, subjacente a esta medida está a cedência do PS aos bloquistas.’
      Jaime Nogueira Pinto
    ‘O Partido Socialista frágil nas suas convicções (…) abriu a brecha por onde o Bloco de Esquerda entrou.’
      José Pacheco Pereira
    ‘(…) dão-se alguns casamentos a seguir à autorização e depois, na rotina, muito poucos.’
      Jaime Nogueira Pinto
    ‘O que irá acontecer nos próximos dias é previsível. Os primeiros casamentos de pessoas do mesmo sexo serão eventos "mediáticos". Vão lá estar todas as televisões. Haverá muita festa e depois, pouco a pouco, haverá cada vez menos casamentos e cada vez menos novidade.’
      José Pacheco Pereira
Fontes:
    • Jaime Nogueira Pinto, na edição de hoje do i (“O sentido de uma recusa”)
    • José Pacheco Pereira, na edição do Público de 9 de Janeiro de 2010 (“Tirem-me daqui”)

2 comentários :

o koba disse...

Naõ são coincidencias, mas sim duas opiniões "ultraretrogadas" similares de pensamento único. Os extremos tocam-se e pacheco não perdeu esse habito, continua a ser um cripto-comunista mas que não tem coragem de o assumir.

Joana disse...

POis sim.. Chamem-lhes retrógrados, chamem-nos retrógrados. Mas ninguém mediu o alcance desta lei e da permissão de se realizarem uniões estéreis patrocinadas pelos nossos impostos. Talvez daqui a uns 10 anos queiram dar a volta e já nã há hipótese de retorno. A todos vós que não sabem argumentar, apenas sabem insultar quem tem uma oponião diferente, deixo-vos uma mensagem : que Deus vos perdoe!