Ao esboroar-se mais depressa do que se poderia imaginar a tese do atentado contra o Estado de direito, há que seguir em frente. O presidente do sindicato dos juízes, o desembargador António Martins, abriu esta manhã, logo pela fresquinha, uma nova janela de oportunidade.
Tendo um magistrado que exerce funções no Centro de Estudos Judiciários (CEJ) tido um “ataque cardíaco”, o preclaro presidente do sindicato dos juízes, aos microfones da rádio do regime, afirma ter a certeza de que o problema de saúde foi motivado pelo momento pelo qual está a passar esta instituição. Conclusão: instaure-se um processo a Sócrates.
Que se instaure tantos processos ao primeiro-ministro quantos forem precisos para o destituir, parece uma estratégia razoável. Mas que António Martins — o adjunto de Fernando Negrão na Polícia Judiciária, que teve o mesmo destino do chefe quando este foi apanhado a violar o segredo de justiça — diga que agora se está a aprender menos no CEJ é que parece manifestamente exagerado, tendo em conta as provas públicas de conhecimentos com que nos tem deliciado.
1 comentário :
Espelho, espelhinho meu ... uma deliciosa aberração e não só esférica.
JADR
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