segunda-feira, março 29, 2010

Homens e mulheres de sorte [2]



Tendo entrado numa espiral de decadência confrangedora, Pacheco Pereira pode ter visto abrir-se-lhe uma janela de oportunidade com a estrondosa derrota da estratégia que congeminou. Eu sei que, depois de ter escrito que as listas de deputados “não são mostruário da pluralidade interna” para justificar a depuração levada a cabo pela Dr.ª Manuela, ele veio, quando se previa a vitória de Passos Coelho, defender, sem o mínimo pudor, o contrário: “O incentivo populista à depuração é o caminho mais fácil para que o partido perca a já escassa dimensão de partido nacional que ainda mantém.

Mas o lendário estratega da Marmeleira cairá em si e há-de concluir que este é o momento apropriado para dar um contributo decisivo para o desenvolvimento do país, terminando aquele que será, porventura, o mais longo doutoramento feito em Portugal: a análise dos (mortos e enterrados) grupúsculos de extrema-esquerda.

3 comentários :

Ze Maria disse...

O PSD sempre foi um partido especializado no TUDO/CONTRÁRIO. Este zig-zag tem feito caminho já desde os tempos de Sá Carneiro, que fazia birra agora, para desfazer quando lhe abriam a lata das bolachas. Com Cavaco Silva acabados os principescos fundos comunitários de que não há espaço para nesta caixa para falar dos tão conhecidos desmandos, isto é, "acabada a mama" começaram as "matanças" em massa no interior daquilo. Para isso até de Paulo Portas e do seu "IN"dependente se serviram. Quem tem memória lembra-se que as informações da quantidade de lixo que saía semanalmente naquelas páginas e quem as delatava. A falta de uma ideia clara, um suporte ideológico ou sequer uma noção de País, foram os ingredientes, melhor, a falta deles,onde sempre se abrigaram os mais diversos hóspedes daquele quase albergue espanhol- digo quase porque se dizia que em tais albergues, quem tinha comida entrava, ali, pelo contrário, sempre se viu toda a casta de esfomeados políticos.
Ali fazem carreira mediática e APENAS mediática figuras que nestes anos temos visto aparecer e desaparecer a uma velocidade incrível, o que me leva a poder inferir que aquilo não é um partido mas uma escola de prestidigitação. Sejamos claros; que referências para além das intermitências de Sá Carneiro têm as gentes de São Caetano? Enquanto os princípios ou sequer as ideias da politica ficarem por conta dos Pereiras da Marmeleira ou das do boletim me(n)teriológico do Marcelo, estamos conversados...

Anónimo disse...

«mortos e enterrados»???? Há quanto tempo não visita a AR? Sabe quantos deputados tem o BE? até o seu patrão se refere a eles.

Anónimo disse...

este blogue adora o PPereira!!!!