- "Gostava que o Pedro [Passos Coelho] esclarecesse agora qual é sua a posição" sobre o TGV porque "já esteve contra, já esteve a favor, agora creio que é mais ou menos a favor ou contra".
No momento em que Cavaco promulga o diploma sobre a concessão do troço Poceirão-Caia, alguém sabe qual é a posição actual do PSD?
Faça-se um ponto de situação das posições de Passos Coelho relativamente ao TGV:
- Ao Diário Económico de 15 de Maio de 2008, defendia o TGV sem reticências: “Nos novos investimentos públicos dois têm que ser feitos: o novo aeroporto internacional e a ligação em TGV à rede europeia de alta velocidade em Madrid.”
Em 18 de Janeiro de 2009, à TSF, sustentava que o TGV não deveria ser esquecido, mas que seria adequado adiá-lo: “Acho que o TGV não é um projecto para abandonar, porque é estratégico para Portugal, agora manifestamente não temos condições este ano e para o ano para avançar”.
Três dias depois, a 21 de Janeiro de 2009, o DN, através da pena insuspeita do FAL, surge uma nova posição: «Em vez de riscar ou de cortar "imediatamente o TGV", como defendeu há dias a líder do PSD, Pedro Passos Coelho tem outras ideias para a alta velocidade. Ontem, no encerramento da quarta conferência da revista inglesa The Economist em Portugal, que decorreu à porta fechada num hotel de Lisboa, o ex-candidato à liderança do PSD deixou a sugestão: "Quanto ao projecto do TGV deve ser-lhe agregado um cluster para a velocidade, criando a possibilidade de se fazer uma parte da produção em Portugal."»
Quase um ano depois, a 6 de Dezembro de 2009, numa entrevista ao Jornal de Notícias, quer aplicar as verbas destinadas ao TGV noutros projectos (não explicitados): “Nas medidas pela negativa, importa impedir tão rápido quanto possível que Portugal continue a endividar-se a este ritmo. É decisivo não avançar com a construção do TGV na ligação de Lisboa a Madrid para encontrar alguma folga para que as verbas destinadas a ser drenadas nesse projecto, com o qual nos comprometemos internacionalmente, possam ser aplicadas de outra forma na economia.”
4 comentários :
É o candidato camaleão.
Quando a única coisa que se quer é poder, tudo se pode dizer. Vale tudo menos tirar olhos.
http://notasverbais.blogspot.com/2010/04/concurso-nada-que-nao-se-esperasse.html
http://www.ionline.pt/conteudo/55373-suspeita-no-concurso-diplomatas-chega-tribunal
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