quarta-feira, abril 14, 2010

Improvisações em torno do TGV

          "Gostava que o Pedro [Passos Coelho] esclarecesse agora qual é sua a posição" sobre o TGV porque "já esteve contra, já esteve a favor, agora creio que é mais ou menos a favor ou contra".

No momento em que Cavaco promulga o diploma sobre a concessão do troço Poceirão-Caia, alguém sabe qual é a posição actual do PSD?

Faça-se um ponto de situação das posições de Passos Coelho relativamente ao TGV:
    Ao Diário Económico de 15 de Maio de 2008, defendia o TGV sem reticências: “Nos novos investimentos públicos dois têm que ser feitos: o novo aeroporto internacional e a ligação em TGV à rede europeia de alta velocidade em Madrid.”

    Em 18 de Janeiro de 2009, à TSF, sustentava que o TGV não deveria ser esquecido, mas que seria adequado adiá-lo: “Acho que o TGV não é um projecto para abandonar, porque é estratégico para Portugal, agora manifestamente não temos condições este ano e para o ano para avançar”.

    Três dias depois, a 21 de Janeiro de 2009, o DN, através da pena insuspeita do FAL, surge uma nova posição: «Em vez de riscar ou de cortar "imediatamente o TGV", como defendeu há dias a líder do PSD, Pedro Passos Coelho tem outras ideias para a alta velocidade. Ontem, no encerramento da quarta conferência da revista inglesa The Economist em Portugal, que decorreu à porta fechada num hotel de Lisboa, o ex-candidato à liderança do PSD deixou a sugestão: "Quanto ao projecto do TGV deve ser-lhe agregado um cluster para a velocidade, criando a possibilidade de se fazer uma parte da produção em Portugal."»

    Quase um ano depois, a 6 de Dezembro de 2009, numa entrevista ao Jornal de Notícias, quer aplicar as verbas destinadas ao TGV noutros projectos (não explicitados): “Nas medidas pela negativa, importa impedir tão rápido quanto possível que Portugal continue a endividar-se a este ritmo. É decisivo não avançar com a construção do TGV na ligação de Lisboa a Madrid para encontrar alguma folga para que as verbas destinadas a ser drenadas nesse projecto, com o qual nos comprometemos internacionalmente, possam ser aplicadas de outra forma na economia.
Estas citações resultam de uma breve pesquisa na Net, não se assegurando que contemplem as sucessivas mudanças de posição de Passos Coelho relativamente ao TGV. Razão terá tido Aguiar-Branco quando disse, referindo-se ao novo líder do PSD, que “a mudança foi a alta velocidade nesta posição", dizendo que primeiro havia apontado o TGV como “um projecto estratégico”, depois defendera que era “decisivo não avançar com a construção do TGV na ligação Lisboa-Madrid” e no seu livro "Mudar" voltou a dizer que esta deve ser feita.

4 comentários :

Anónimo disse...

É o candidato camaleão.

Anónimo disse...

Quando a única coisa que se quer é poder, tudo se pode dizer. Vale tudo menos tirar olhos.

Anónimo disse...

http://notasverbais.blogspot.com/2010/04/concurso-nada-que-nao-se-esperasse.html

Anónimo disse...

http://www.ionline.pt/conteudo/55373-suspeita-no-concurso-diplomatas-chega-tribunal