sexta-feira, abril 23, 2010

O Plano B (ou a agenda oculta de Passos Coelho)

Pedro Adão e Silva escreve sobre o PEC “alternativo” do PSD: A diferença está no papel higiénico?. Eis um extracto:
    Descartada a "via Frasquilho", Passos Coelho, ainda assim, não hesitou em criar muita expectativa em torno de um PEC alternativo. Quarta-feira, depois de semanas e semanas de "agarra-me se não eu digo o que faria", lá ficámos a conhecer o milagre da consolidação orçamental passista. Uma redução da despesa em 1700 milhões, mesmo com a reposição dos benefícios fiscais. Tudo assente em cortes em pareceres, na utilização de software livre e na redução das despesas com comunicações. As sugestões só podem ter a resposta que Nick Clegg, o líder dos liberais-democratas britânicos, deu no debate da semana passada. Perante as propostas para disciplinar as contas públicas dos seus opositores, Clegg respondeu que o que sugeriam é que era possível poupar muito dinheiro cortando nos clips. No fundo, no caso português, o que Passos sugere é que a diferença do seu PEC estaria no papel higiénico. Mas como, mesmo que se acabasse com todo o papel higiénico, não se chegaria aos milhares de milhões necessários, só podemos desconfiar que há, de facto, outros lados onde se pretende cortar. Tudo indicia, aliás, que o essencial seriam cortes com aquisições e serviços na saúde. Os tais 3,5 mil milhões de euros também referidos. O problema é que estamos a falar, por exemplo, de medicamentos e meios de diagnóstico. O que revela que talvez o papel higiénico não passe de um biombo. Era mais sério dizer de facto ao que se vem.

3 comentários :

baladupovo disse...

Plano B ou mutatis mutandis.

MFerrer disse...

Miguel,
Eles não fazem a mínima ideia ao que vêem!
Falam por falar e apenas para as suas clientelas desesperadas por algo que as transporte de novo ao poder.
Ao poder, para tudo destruir e tudo rasgar!
O Estado mínimo e "guarda nocturno", é o que têm para nos propôr!

Anónimo disse...

Para quem se habituou a 15 anos de regabofe, alimentado por grandes doses de irresponsabilidade e imcompetência, e pelo generoso bolso dos contribuintes, 1700 milhões é uma mão cheia de nada, então não é !!! São trocos ....