domingo, maio 16, 2010

A “irresponsabilidade” do Governo

O editorial do Público de hoje é sobre a crise e as consequências ao nível da perda de soberania para a Europa. Como pano de fundo, a “irresponsabilidade” do Governo na gestão das finanças públicas.

Quando o moralismo e a demagogia se juntam, pouco há a fazer — senão lembrar uns números elementares que mostram como a conversa da “irresponsabilidade” não faz nenhum sentido.

Conhecerá o Público o efeito dos estabilizadores automáticos, que aumentam a despesa social em tempos de crise (a protecção social subiu 3,3 mil milhões de euros entre 2008 e 2009)? Conhecerá o efeito da perda de receita pelo abrandamento da actividade económica (que levou a que entrassem menos 4,5 mil milhões de euros nos cofres do Estado de um ano para o outro)? Conhecerá a urgência de lançar pacotes anti-crise, como todos os países fizeram (que contribuíram para que as despesas de investimento subissem 2 mil milhões de euros entre 2008 e 2009)?¹

Somemos estes valores: 9,8 mil milhões. Ora, de 2008 para 2009, o défice orçamental subiu de 4,8 mil milhões (2,9% do PIB) para 15,4 mil milhões (9,4% do PIB): uma diferença de 10,6 mil milhões.

Em traços grossos, aqui tem a Direcção do Público a explicação para a “irresponsabilidade”.

_________
¹ Todos os valores retirados daqui, p. 28.

6 comentários :

Anónimo disse...

O Público é jornal pouco sério e faz-se de burro. A "irresponsabilidade" do governo permitiu a Portugal ser dos últimos a entrar em recessão e dos primeiros a sair dela.
A "irresponsabilidade" sería-o se o governo nada fizesse para minimizar os estragos da tempestade mundial. Mas fê-lo para desagrado do Público. E porque ficou o Público desagradado? Porque o jornal 'público' é anti-socialista, e como tal, para os seus orientadores, o que interessa é que corra tudo mal a Portugal enquanto os socialista estiverem no poder, nem que para isso tenham que fabricar notícias, empolar outras insignificantes e minimizar ou mesmo silenciar notícias que marquem pontos para o PS.

Sempre que se apanhe em flagrante este género de jornalismo deve-se identificá-lo, nas ruas, nos cafés, ou em qualquer lugar, sem receios, para que cada vez mais as pessoas saibam (gostem ou não), quem anda a fazer jornalismo canalha e antisocialista.

Anónimo disse...

Excelente post.

José Nunes disse...

Não se pode mais calar esta pouca vergonha de jornalismo.Denunciar. Não comprar.Denunciar sempre.Denunciar.

Anónimo disse...

Pois!! Os amigos banqueiros e os ladrões do BPN, curiosamente antigos governantes com o DR. Cavaco, esses são responsáveis!!!! E os do BPP, onde se inclui o Chico Balsemão, não há nada a dizer!!!????
O que tem feito o MP sobre isto!!! Nada!! Anda entretido com escutas ao PM, O freeport que não se sabe porque não é arquivado!!! etc....
Os senhor do Público poderiam também explicar aos portugueses como é que alguèm, sem saber, compra acções da SLN, não cotadas em Bolsa, as vende sem saber e mesmo assim ganha 300.000 euros!!!!
Olha se fosse o Sócras !!! Chiça!!!! Teríamos 10 COm. Inquérito, escutas até ao cão vizinho e páginas de jornal, aberturas de telejornal. Etc e tal..
De facto existem uns que estão acima de qualquer suspeita, os do PSD ... e os malandros, que têm que provar que são sérios!!!
Será isto um país de gente séria!!???

Anónimo disse...

totalmente de acordo com estes posts.Um comentador socialista, na TV não podera dizer tudo isto de forma bem explicada como leio neste blog? Vejo todos ou quase todos debates e gostava k iso tudo fosse dito e redito! Só desejo k o P.M. seja recompensado çom um bom cargo fora deste Pais e seu desempenho seja elogiado para k os seus trituradores fiquem de queixo caido...Tem sido demais!

Anónimo disse...

Este post, é tão falasioso, tão enganador, que sinceramente nem vale a pena comentar...
Aqui ficam alguns factos: apesar do ambiente criado pelo governo, em que quem tivesse opinião diferente da sua era publicamente insultado, algumas pessoas advertiram há mais de 1 ano da situação para onde caminhávamos (Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite) o governo fez-se de mouco, deu no que deu. Muitas pessoas alertam há muito tempo para a necessidade de adiar grandes investimentos, o governo numa sucessão de contradições foi adiando uns confirmando outros, verdadeira trapalhada. Resultado o país vai ter um TGV entre o Poceirão e Caia, se isto tudo não é irresponsabilidade...