quinta-feira, junho 17, 2010

Opinion makers (ou coisa assim) [2]


João Duque discorre, com a ligeireza a que nos habituou, sobre os prazos de pagamento do Estado, sem fazer a mínima ideia de que está publicado um diploma que, por si só, desmonta a sua argumentação manhosa.

Mas não é pela qualidade da sua argumentação que o CC faz hoje publicidade ao actual presidente do conselho directivo de uma das mais prestigiadas escolas de ciências económicas e empresariais do país. O CC apenas pretende dar a devida ênfase aos óptimos conselhos que o extraordinário Duque, bengala habitual de Mário Crespo nas questões da educação, dá aos seus alunos. Eis um momento de rara beleza:
    “Diz o povo, e eu repito-o nas aulas de Finanças Empresariais, que “o casar, o pagar e o morrer, o mais tarde que puder ser”.
    A ideia subjacente ao morrer é óbvia embora, quando a vida se torna penosa, particularmente do ponto de vista físico, muitos dos que rodeiam o paciente, e por vezes, até o próprio, peçam à caridade divina a antecipação da data de expiração.
    Quanto ao casar, a ideia é mais rebuscada. Se o casamento é um passo para a felicidade, porque¹ razão diz o povo que o ideal é adiá-lo? Vários motivos podemos apontar para isso, mas o que me diverte mais é quando penso que exercendo o direito do matrimónio se exerce uma opção que, como muitas outras, tem bem mais valor viva do que "morta". É sempre possível encontrar um outro parceiro bem mais abastado por quem valha muito mais o exercício da companhia e a perda de liberdade...”
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¹ Ao escrever “porque”, Duque mostra que é uma vítima do eduquês.

2 comentários :

Anónimo disse...

As falhas a português no iseg são famosas!!! Mas a culpa deve ser do facilitismo da Maria João Rodrigues e do Socras!!!!

Anónimo disse...

como dizia o outro, não sei se devo rir ou se devo chorar