Escreve Pedro Guerreiro no Jornal de Negócios: “ Se vender a Vivo, a PT ficará mais pequena na proporção em que entregar dividendos. E o que restar para reinvestir dificilmente o será no Brasil, pois esse comboio já passou. O melhor para a PT é não vender. A Vivo esteve quase a engolir a PT no buraco negro do seu défice, foi uma década de sangria perdulária. Agora que finalmente a empresa se vai tornar uma vaca leiteira de dividendos, a PT vende?”
Aparentemente, o Estado subscreveu esta tese do director do Jornal de Negócios e agiu em conformidade, mas Pedro Guerreiro demarca-se do que havia escrito esta manhã: “A utilização da "golden share" é inédita, surpreendente e provavelmente ilegal. Vai contra o mercado, contra a administração e contra a decência. E revela um País próximo do subdesenvolvimento económico. Espanha 2 - Portugal abaixo de 0.”
Os interesses dos accionistas não podem divergir do interesse nacional? E o Estado, que tem meios para intervir, deveria então abster-se? Saber se a participação na Vivo é estratégica pode ser uma discussão interessante, mas ater-se a preconceitos ideológicos é matar a discussão.
ADENDA — Pedro Santos Guerreiro no Twitter: “Estou a ser cilindrado por leitores no Negócios por ser contra a golden share. Sócrates tem a opinião pública consigo?”
5 comentários :
A utilização da golden share é disparatada. O Governo está a estragar um negócio que seria óptimo para o país como o nosso.
A utilização da golden share é disparatada. O Governo está a estragar um negócio que seria óptimo para o país como o nosso.
o governo fez muito bem.
Deixem-se de tretas; quando as coisas piam mais fininho os governos de Espanha, de Itália, de França, da Alemanha etc, etc, intervêm em favor das suas empresas
o governo fez muito bem.
Deixem-se de tretas; quando as coisas piam mais fininho os governos de Espanha, de Itália, de França, da Alemanha etc, etc, intervêm em favor das suas empresas
Não percebo qual a dúvida desse Guerreiro. Há alguma dúvida que o governo tem a opnião pública consigo nesta guerra?
Bom... também há que conceder que esse Guerreiro não o é desta guerra (a do país), é mais um guerreiro... do(s) negócios...
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