Nos últimos tempos, desde que Carlos Barbosa tomou conta daquilo, os sócios do ACP são uma espécie de militantes do PSD sem direito a voto.
O homem tem opinião sobre tudo e mais alguma coisa, desde que seja contra o Governo e a Câmara de Lisboa.
Agora - imaginem - sacou da cartola a solução para as portagens nas SCUT - um imposto adicional sobre as concessionárias e as gasolineiras.
Ou seja, que tudo fique na mesma - continuaremos todos a pagar estradas que não usamos.
Como maior associação de consumidores de Portugal e representante de um dos grupos que mais contribui para o Orçamento do Estado (os detentores e utilizadores de automóveis), esperava-se mais do ACP. Pelo menos que defendesse o básico princípio do utilizador-pagador.
11 comentários :
Mas esse principio básico do utilizador pagador não foi precisamente o que não se quis fazer quando se optou pelas SCUT?
Parece-me que se a posição do ACP é essa, o PS deveria aplaudir, porque a ideia de pagarem todos para aquilo que só alguns utilizam é precisamente a ideia defendida pelo PS.
Sendo, como diz, "os detentores e utilizadores de automóveis" "um dos grupos que mais contribui para o Orçamento do Estado" não seria de esperar que o resultado dessa contribuição fosse suficiente para financiar as estradas/auto-estradas existentes? Ou o princípio do utilizador-pagador vai finalmente fazer diminuir essa contribuição (ISP, IC, ...)?
Andava ha anos a pensar isto. Felizmente alguem o disse
Por acaso desta vez o ACP até parece estar em sintonia com o princípio que fundamenta as rodovias "SCUt", que foram implementadas, e muito bem, pelo P. S., no tempo de João Cravinho. Lamentável é José Sócrates andar a reboque do pragmatismo conjuntural e esquecer os bons princípios socialistas. Quem defendeu sempre como bom princípio o do utilizador-pagador foi o P. S. D. (que agora goza que nem um perdido, mas também só enquanto não se virar para dentro e vir a carranca dos seus eleitores e Autarcas; aí é que vão ser o elas...).
O "princípio" do utilizador é mesmo básico. Bastante básico, até. Demasiado básico para ser invocado em assuntos sérios como este.
Júlio de Matos.
Concordo consigo num ponto: o sr. Barbosa tomou conta "daquilo". Por isso me demiti de sócio (que fui durante demasiado tempo).
Agora, qualquer seguradora fornece o reboque.
e porque não estender o pagamento ás restantes estradas? Afinal também sou pagador de muitas que nem sei que existem, e interrogo-me do porquê do pagamento "GEOGRÁFICO" de umas tantas...
Será o "Socialismo Moderno" à moda de
Vilar de Maçadas?
Para os fins que entenderem, deixo aqui a carta que enviei ao ACP e que, apesar da insistência, a direcção nunca publicou na revista:
Exmos. Senhores
Direcção do A C P
revista@acp.pt
Lisboa
Exmos. Senhores,
O signatário, sócio n.º 39781, sócio há mais de 25 anos, ficou perplexo com a entrevista de cariz partidário do presidente do ACP, concedida, há algum tempo, a um matutino de Lisboa.
Admiti, então, que a entrevista fosse dada na qualidade de cidadão e que o jornal tivesse envolvido o ACP, por lapso, razão pela qual, por respeito à liberdade individual, me não pronunciei.
Acontece que, durante a campanha eleitoral para as autárquicas, o ACP, na pessoa do seu presidente, se permitiu chamar incompetente ao candidato à Câmara de Lisboa, agora seu presidente, por vontade expressa dos respectivos munícipes.
Não nego ao presidente do ACP o direito de intervir como cidadão, mas não lhe assiste o direito de se imiscuir na luta partidária em nome dos sócios ou em sua representação.
Não é a natureza da posição, que vergonhosamente reitera o último número da revista, em «Nota da Direcção» e no artigo «António Costa prejudica entradas em Lisboa por incompetência», que merecem o meu reparo. É a desfaçatez com que se ataca quem se submeteu ao escrutínio dos eleitores e o ressentimento com que a direcção do ACP reage, parecendo a concelhia de um partido de direita.
Desta forma, a direcção do ACP não se revela apenas incompetente, torna-se indigna de representar os sócios, independentemente das razões em que baseia a sua opinião.
Espero que esta Direcção do ACP, incapaz de um diálogo civilizado com os legítimos representantes do eleitorado, se retracte e peça desculpa aos associados pelo infeliz e intolerável comportamento, a fim de terminar o mandato com a dignidade possível.
Agradeço que seja dado conhecimento aos sócios, através da revista, da indignação que sinto e do desprezo que esta Direcção do ACP passou a merecer-me.
Apresento, por delicadeza, os meus cumprimentos.
Coimbra, 16 de Outubro de 2009
Alfredo Carlos Barroco Esperança
(Sócio n.º 39781) TM – 917322645
Era tão bom se o ACP tivesse um presidente cá dos "nossos". E já agora um e, no club...
Em Almada o Partido Comunista aliado com o Bloco de Esquerda, está a desencadear uma campanha feroz contra quem tem um automóvel.
Até agora o ACP não tugiu nem mugiu.Porque será?
Vê-se bem que quem escreveu este texto, não sabe do que está a falar. O maior problema das SCUT do Norte (pelo menos) é que quando foram feitas como IC´s, utilizaram grande parte das Estradas Nacionais existentes (exº 107/109) recortando-as e que foram transformadas em simples ruas (como por exº a antiga estrada do aeroporto em Matosinhos/Maia). As alternativas não existem mesmo.
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