quinta-feira, junho 17, 2010

Vento de Leste




Acho que a expressão é utilizada no artigo de Inês Pedrosa na última edição do Expresso, numa referência às leis do trabalho: Passos Coelho quer que o povo português seja tão flexível como o chinês.

As notícias demoram a chegar à São Caetano. Acontece que a escravatura na China começa ter os dias contados. Multiplicam-se as greves, os “sindicatos” oficiais estão a ser ultrapassados pelos movimentos espontâneos dos trabalhadores. E, em muitas lutas por aumentos de salários e melhores condições de trabalho, os operários chineses estão a recorrer a uma forma peculiar de reivindicação para evitar que a repressão se abata sobre os líderes das greves: paralisam todos em silêncio e só retomam o trabalho quando as condições propostas lhes agradam, o que significa que os administradores das joint-ventures se vêem obrigados a irem subindo a parada como se de um leilão se tratasse — como se verifica nas várias fábricas da Honda.

Por cá, os seguidores do terrível Ângelo querem caminhar para o modelo que está a ser rejeitado pelos trabalhadores chineses.

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