- ‘As pensões oferecem terreno fértil para a demagogia. Ninguém resiste e não é por acaso. O tema garante cobertura mediática e é um dos poucos campos que restam para a diferenciação política.
Na semana passada, foi a vez do PSD. Passos Coelho propôs tectos para as pensões, que depois aparentemente já eram só para a Caixa Geral de Aposentações, ao mesmo tempo que falava da acumulação de pensões. A proposta consegue, ao mesmo tempo, ser confusa, demagógica e propor o que já existe.
(…)
No fim resta a confusão: não se chega a perceber se o que o PSD está a dizer é que não quer pagar pensões acima de um determinado tecto para os actuais pensionistas, para os futuros, para os que agora começam a contribuir, ou se a discussão serve apenas para abrir a porta para a introdução de tectos nos descontos. Das duas uma: ou é mais uma ideia pouco maturada ou é apenas uma tirada demagógica, que serve para iludir o facto de a evolução de um sistema como o nosso para um com tectos nos descontos ter custos de transição que, por si só, o tornam inviável.’
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