- “Quanto às ideias da conspiração e dos russos, das mensagens em código, algumas dessas coisas correspondem efectivamente ao meu padrão de doença"
- John Nash, P2, 15-07-2010
A actividade do BCP, sob a gestão de Jardim Gonçalves, ficou irremediavelmente marcada por dois acontecimentos invulgares: a promoção de fraudes fiscais em benefício de alguns grandes clientes, comprovada na Operação Furacão, e a criação de mais de 17 empresas em paraísos fiscais, aparentemente para esconder prejuízos do próprio banco. Analisada a “informação falsa” relativa a estas mais de 17 sociedades sedeadas em paraísos fiscais, o Banco de Portugal condenou seis ex-administradores da equipa de Jardim Gonçalves, impondo-lhes a inibição do exercício de actividade em instituições financeiras entre nove e três anos e aplicando-lhes coimas entre um milhão e 230 mil euros.
Tudo isto sobre o BCP é do domínio público. Por isso, mais surpreendente é ler o que Pedro Lomba escreve hoje no Público: “A imagem pública granjeada pelo BCP tem sido a de um banco ao serviço do socratismo, (…) usado para fins políticos que nada tem que ver com a robustez e o prestígio do passado e cujas acções reflectem hoje esse valor.” Com artigos como este, abandonámos definitivamente o campo da política, convocando para o seu lugar a psicanálise. Pode acontecer a qualquer um.
5 comentários :
Pedro Lomba,não é um caso de psicanálise,mas sim de psiquiatria.
eh!eh! este tipo , o tal de Lomba, tem piada...lá isso não se pode negar...
O que eu vejo é que nenhum desses figurões foi á prisão. Então não encheram os bolsos? Assim como tranferiram avultadas quantias para os ofshores? Vale a pena roubar e em grande. Não há juiz que mete estes mafiosos atras das grades. Alias a nação mafiosa é todo prima nos escalões elevados.
Em Constancia conseguimos esquecer o mundo em que vivemos, e com quem vivemos, na confluencia de rios e sabores. Este fim de semana temos a Astrofesta.
http://www.constancia.net
Em pequeno adorava os contos infantis e pela vida fora ter conhecimento de quem vencia na árdua vida, que é a terrena. Sentia simpatia e admiração porque eram homens vocacionados para levar as suas empresas e o País para o sucesso. Lia a comunicação social e lá vinha escarrapachado os nomes desses ilustres. Sentia tanta admiração que ao pé deles me via como um insignificante.
Um dia por mero acaso numa viagem de avião Porto / Lisboa, na TAP, ia sentado próximo de Jardim Gonçalves e nesse momento é que me senti pequenino à beira de tal personagem. Era na altura o magnata da banca portuguesa. Estávamos no ano de 2001/2002 e tudo lhe rolava às mil maravilhas.
O facto de vir no mesmo compartimento (em executiva) entendi que vinha num mundo irreal, (cada macaco no seu galho) mas como a minha viagem foi ganha através do cartão Qualiflyer, tinha de viajar em executiva. Para quem não sabe o que é o cartão Qualiflyer passo a explicar: serve para quem viaja muitas vezes e em cada viagem é atribuído um certo número de pontos que somando uns aos outros e depois de perfazer uma soma tem-se direito a uma viagem de graça.
Como disse sentia-me num mundo irreal. Hoje ao ver e ler certas notícias talvez fosse dos que viajavam em executiva que mais a merecia. Era dinheiro ganho com o meu suor. Jardim Gonçalves era com o suor dos que confiavam na seriedade dele. Que fraca seriedade.
“O cínico é o que conhece o preço de tudo, mas não sabe o valor de nada.” Óscar Wilde.
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