domingo, julho 11, 2010

Politiquice

Pedro Marques Lopes, na precipitação da crítica, tropeça e baralha tudo. Uma pena.
Vamos por partes (e nem vale a pena ir ao DN - basta ler o excerto no blogue):
  • Nas novas privatizações não haverá "golden shares". É verdade. Na Galp, por exemplo, existe um acordo parassocial (a CGD, com 1% do capital, tem poder de veto). Na REN e na ANA, por exemplo, o que está em estudo - e foi anunciado - não é a privatização das empresas, mas sim a concessão a privados dos serviços por elas prestados. Quer isto dizer que os interesses do estado ficarão protegidos no contrato de concessão. Simples, não é?

  • Ninguém reafirmou o "fim das deduções fiscais em sede de saúde e educação". O que vai acontecer, isso sim, é a redução, e não o fim, dessas deduções, de acordo com o que ESTÁ ESCRITO no PEC, aprovado no Parlamento pelo PSD de Manuela Ferreira Leite e subscrito, à posteriori, pelo PSD de Pedro Passos Coelho. Remember?

  • Ninguém anunciou que ia retirar benefícios sociais aos mais carenciados. Pelo contrário, o que já está em vigor é que, para se ter benefícios sociais pagos pelo Estado, é preciso provar que se integra o grupo dos "mais carenciados". Isto foi acordado com Pedro Passos Coelho, naquilo a que na gíria se chama "PEC 2". Ou não é assim?

  • Só falha aqui uma coisa - o "entendimento" com a extrema-esquerda. Se calhar, foi anunciado. Os jornais é que não noticiaram e, por isso, ninguém sabe de nada. Tinha que vir logo o Pedro Marques Lopes revelar a marosca...

1 comentário :

Passos Perdidos disse...

Boa!
Quando eles se fazem de mula...toma a explicação!