- ‘O fetichismo do défice nunca tem razão de ser. A dívida pública é apenas uma das faces do balancete de um país.
É absurdo cortar nos investimentos com elevado retorno, como a educação, as infra-estruturas e a tecnologia, para reduzir o défice, em particular num país como a Austrália, cuja dívida é especialmente baixa. E se a preocupação for a dívida a longo prazo, como deve ser, então, esse fetichismo é ainda mais absurdo visto o crescimento resultante do investimento público gerar mais receitas fiscais.
Uma ironia nunca vem só: alguns dos australianos que mais criticaram os défices também contestaram o reforço da tributação das empresas mineiras, cujas receitas dispararam com o aumento da procura na China e consequente subida dos preços. As empresas mineiras devem partilhar essa riqueza com os australianos e a criação de um imposto específico para a indústria é uma das soluções possíveis e um meio para criar um fundo especial destinado ao investimento.’
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