quarta-feira, setembro 01, 2010

"FMI já terá reservado bilhetes de avião para Lisboa"

Não há nada como, em tempo de crise, diversificar as áreas de negócio. Depois de ter entrado no mercado das ideias com a Fundação Pingo Doce Francisco Manuel dos Santos, a Jerónimo Martins parece ter entrado no mercado das agências de viagens. Aguardamos a todo o momento a informação relativa ao dia/hora de chegada, bem como o número do voo, para podermos receber os senhores com a dignidade que é devida.

Mas não se pense que o patrão do Pingo Doce é como o actual PSD, que faz muito ruído mas não apresenta soluções alternativas. Alexandre Soares dos Santos tem em carteira várias propostas. Eis algumas:
    • O “Sistema [sic] Nacional de Saúde gratuito faz parte do passado”;
    • Os impostos directos (IRS e IRC) deveriam ser reduzidos, porque “atingem limites intoleráveis”, defendendo o aumento do IVA, imposto indirecto que não distingue quem tem mais e quem tem menos rendimentos;
    • A despesa pública terá de ser combatida, com “seriedade e determinação”, “por via da diminuição do número de ministros, secretários de Estado, assessores e adjuntos”;
    • O problema da produtividade resolve-se “a trabalhar mais horas e mais a sério, quer no Estado quer na iniciativa privada, de forma a permitir a redução do custo da hora de trabalho, tornando-a mais competitiva”;
    • O “investimento privado e a atracção de 'holdings' estrangeiras” precisam de “incentivos fiscais”, contrariamente ao que “actualmente acontece” (o que aparentemente faz crer que o patrão do Pingo Doce não conhece o Estatuto dos Benefícios Fiscais).
Vejam lá se Soares dos Santos fala da necessidade de um mercado mais competitivo no sector da distribuição…

2 comentários :

Anónimo disse...

este merceeiro é um filósofo, influências do barreto e do quino.

Mazevedo disse...

É repugnante, ter que ler esta gente... Mais horas de trabalho e a sério. O Gerente de loja Pingo Doce, que na sua função, a polivalencia, permite, carregar grades e fazer reposições, anda a brincar no trabalho...Se acaso a lingua portuguesa fosse universal,os trabalhadores dos super mercados e afins, eram todos do Terceiro Mundo, sabem porquê? não digo...vejam se advinham...